quinta-feira, 26 de junho de 2008

Espanha e Alemanha farão neste domingo a final da Eurocopa 2008

Mais uma da série “adoramos futebol”, uma quase continuação do widget da semana passada. Quarta-feira passada, o mundo foi privado se assistir aos momentos finais de Alemanha e Turquia, um excelente jogo por sinal, devido a falhas na transmissão da TV geradora, Suíça ou Austríaca não sei ao certo. Isso seria um grande pesar da minha parte não fosse o fato de eu estar ocupado no momento do jogo fazendo um trabalho pra faculdade. Coisas da vida. Como eu sei que foi um grande jogo? A Turquia quase ganhou. O que é suficiente pra mim, que torceria loucamente pela Turquia caso estivesse assistindo. Faz parte da minha síndrome de comunista: torcer pelo mais fraco.
Falando em comunismo a Rússia tomou outra sova da Espanha na segunda semi-final. Se vocês caçarem na widget do post anterior, verão que o placar da primeira partida foi 4x1 para a Fúria, nada encorajador. Fora isso a Rússia classifico-se em segundo lugar, atrás da Espanha, ganhando da Suécia na última rodada após ter vencido também a Grécia na rodada anterior, nada demais, quer dizer, nada extraordinário. O notório era que o futebol russo era organizado e extremamente limpo. Toques fáceis, rápidos e precisos levaram jogo após jogo o time do holandês Guus Hiddink - que levou a Coréia à semi-final da copa do mundo de 2002, a Holanda para as semi-finais de 98 e a Austrália para a Copa de 2006 inclusive avançando às oitavas, que, convenhamos, é coisa pra burro já que estamos falando de Futebol, não de Rugby – a conquistas de pontos importantes que culminaram num honroso terceiro ou quarto lugar, que não é propriamente disputado por questão de viabilidade econômica.
A Rússia e Guus tiveram nas quartas de final a apoteose da sua campanha. Disputaram a vaga para a semi nada mais nada menos que com a Holanda. A mais badalada seleção da Euro deste ano que depois de goleadas na fase classificatória era franca favorita ao título e quem viu a “Laranja Mágica” jogar sabe que é verdade. Coincidência ou não, o velho Guus derrubou a seleção de sua pátria com todos os méritos para orgulho de tio Lênin. A Rússia impôs um toque de bola envolvente, característica principal do time, e aproveitou muito bem as chances que teve, o que não aconteceu muito em outras oportunidades. Combinado a isso o meia “revelação” do certame honrou o título. Arshavin deitou e rolou na marcação holandesa e assim como aconteceu contra a Suécia, matou o jogo. Além dele o regular e bom jogador Zhyrkov, lateral esquerdo eficiente, e o Matador Pavyliuchenko completam a lista de jogadores importantes, e auto dependentes.
Infelizmente, para mim que torci pacas, o tripé Russo contra a Espanha não funcionou, de novo. Na verdade tudo começou pela base, o toque de bola que montava a estrutura para o time Russo jogar sumiu, o que não aconteceu no primeiro jogo. Mas o que aconteceu, ou melhor, o que não aconteceu igualmente em ambos confrontos contra a Fúria foi Criatividade, que responde, nesse time, pelo nome de Arshavin. Eu achava que o problema da Rússia era o cara que botava a bola lá dentro, não que eu estivesse completamente equivocado, mas Pavyliuchenko faz gols. Ele não é um Gênio do futebol, nem passa perto de ser completo, é lento, tem técnica apenas razoável, mas faz gol. Um Frei da vida, faz Gols. Problemão mesmo é quando o “A” do tripé não funciona.
Outro fator que pesou contra os Russos foi a falta de experiência. Apesar de terem sido campeões da Copa da Uefa com o Zenith - a mesma marca de uma TV que tínhamos aqui em casa - os russos não agüentaram a pressão de uma semifinal de Eurocopa. O time de menor média de idade da competição, apesar de um primeiro tempo mais ou menos seguro, tomou um aos 5 minutos da segunda etapa o que terminou de desestabilizar o time. Sem conseguir manter a estrutura de jogo - passes de qualidade, domínio de bola e paciência - Guus Hiddink nada pôde fazer além de rezar para seu time juntar os cacos e tentar alguma coisa.
Duas coisas importantes são tiradas desse jogo: uma é que a Guus Precisa prestar atenção pra não virar o treinador do quase. A segunda é que PAZ e futebol não combinam – essa é sacanagem.
De resto é rezar pra que os espanhóis não amarelem e façam uma boa final pra premiar essa geração fantástica da Fúria. Caso não ganhem, será igualmente justo, visto que a nova geração alemã também é muito boa. Esperemos uma boa Final.

Ps.: Vamos rezar pro fluminense pra ver se ganha também. Aproveitar o joelho.

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