sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Incêndio na casa ao lado

Olhe, eu não sei direito não, mas ele era meio estranho. calma, ele não merecia isso não, ninguém merece isso. coitado.

oi? sei não, sei direito não. eu saí hoje de manhã e ele tava lá em baixo passeando com o cachorro.

falei sim. dei bom dia. a gente costumava se falar mais, mas tivemos umas coisas aí q foi melhor a gente se afastar.

anh? bom, é que eu não gosto de falar nisso. é que a gente acabava estudando junto e tal, ele era uma espécie de Gênio maluco, sabe? mas não era um Jimmy neutron da vida não, ele sabia muito de história. falava umas coisas inusitadas, sabe? umas coisas que, como ninguém entendia, ficavam tirando sarro dele. depois de um tepo eu comecei a entender, e eu comecei a defendê-lo, de uma forma ou de outra. ele parece que achou que eu estava afim dele ou coisa assim ou simpesmente foi se abrindo mais, sabe como é esse pessoal estranho assim não sabe diferença entre amizade e paixão, gente que vê pouca mulher, sabe? ainda mais assim como eu...

emfim, meu namorado começou a não gostar e você sabe, né? passarinho voa rápido, então ele mandou eu parar de encontrar com ele e eu parei. mandou eu jogar os poemas que ele me fez tb.
Aham, joguei... queimei na calourada. mas é uma pena. eram bonitas, sabe? mas como ele não gostava joguei fora.

Sim, aí quando eu voltava pra casa ví a fumaça e vim correndo, né? já pensou, minha roupa da formatura? Deus é mais, dá até arrepio.

Quando eu cheguei vocês já tavam aqui...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Inteligência coletiva

Véis é o seguinte:

eu sempre quis criar uma estória complexa e tal cheia de desvios e engodos e meias verdades e eu sempre chegfava À mesma conclusão: devo pensar em varias estórias que saiam do mesmo ponto e cheguem num outro ponto. como uma espécie de kibe (sic) que começa num pontinho engorda no meio e acaba em outro pontinho.

aí eu pensei (há um minuto artrás) vamos fazer uma estória coletiva? assim, ó. definimos um ponto de partida e de chegada. dois match points, e quem morreu (assumindo um assassinato) e pronto.

aí assim, cada um faz uma estória, dum personagem envolvido com o defunto e depois junta tudo. e ai?

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

...Em Lugar Nenhum...

Correu como pôde. naquele lugar escuro e úmido suas pernas exaustas o atiraram contra a parede curva. tudo era cinza. com a ajuda do sangue que teimava em falhar chegar no seu cérebro, descrevendo em sua frente as mais bizarras distorções da realidade, fria e cruel realidade.

Já não ouvia os passos que até pouco tempo o atormentavam. entretanto era difícil ouvir algo com sua respiração daquele jeito e seu coração martelando contra a caixa do seu peito como um taiko yaku¹ lançando o exército conta o inimigo. o problema era que, agora, o inimigo era ele.

Se pegou procurando uma saída. pra onde? pensou interrompendo a busca. voltar para aquele lugar maldito não era opção. o suicídio, se fosse, poderia tê-lo feito sem se cansar tanto. o que resta?

Um gosto amargo desce pela sua garganta. por fora, um formigamento sobe por ambos os lados do seu pescoço, passa por trás de suas orelhas até as têmporas e inunda seus olhos.

-Foi tudo... em vão?

Imagens confuzas cruzam sua mente em um piscar de olhos, fogo, lama, balas, balas e mais balas. Gritos, gemidos, suplícios. Vomitou.

Vomitou tudo que não havia comido, quis ter vomitado a si próprio assim não precisaria ver seus olhos na poça formada por seu excremento. olhos que viram mais do que desejaram ver e agora viviam mais uma vez... para ver mais o quê?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Fui a morro subir no morro, vá também...

Rapaz, morro é massa. vô dar logo as coordenadas: Pousada? Kanzuá do Marujo. o que é isso? sei lá, só sei que é 40 reais o casal com café da manhã, segundo o brodi, o melhor do morro. eu não fiquei lá, acampei, mas deveria ter ficado, veja só, o camping foi 15 conto por pessoa, 30 no total, sexta, sábado e domingo são três dias; logo, 90 reais. no kanzuá seria 120. contando que no camping o banheiro é coletivo, a água é fria e uma barraca é descinfortavel em relação a uma cama de casal... pra finalizar o Kanzuá tem cozinha comunitária, já o camping não.

saindo desse assunto passando rapidamente pelo empate quase derrota do bahia ontem, que desgraça foi aquela!! o lanterna!! que TINHA UM PONTO APENAS!!! e chegando à ilha. Primeiro de Tudo. Separe um dia pra ANDAR até a praia do encanto, seis quilômetros mas vale a pena apesar das centenas de sacos jogados no manguesal... vá ao El sítio ver o pôr do sol. o el sitio fica no caminho da gamboa indo pela fonte grande. vá à ponta do curral ver outro pôr do sol, nesse dia faça o seguinte: saia da pousada umas três horas, vá até o cais e pegue uma trilha a sua direita, siga como quiser a trilha (minha sugestão é que curta a vista) até a fortaleza. perceba que o desenho que fizeram do mapa faz pouco sentido, entra na fortaleza e se divirta imaginando embarcações lançando bombas em sua direção e sendo retaliadas, depois saia e continue a trilha até um caminho estreito que leva a uma prainha bem bonitinha, tome banho, ou não, e volte, subindo pelo mesmo caminho estreito da prainha, loga à sua direita vai ter um caminho escroto no meio do mato, uma trilha. vá subindo que vc vai encontrar tres a quatro pontos onde uma linda vista pode ser adimirada, dê uns beijos, se puder, e continue subindo até o farol. não entre no farol. siga a trilha até a tiroleza, tem uma placa, adimire a vista pule se tiver dinheiro e coregem. caso não pule, volte para o farol e desça uma outra trilha por dentro do mato, uma OUTRA trilha, se já for depois de quatro horas o curral vai estar aberto, caso contrário fique curtindo o cemitério ao lado. é uma merda. entre no curral, pague os 3 conto, sente ouça uma musiquinha ao vivo e curta o por do sol dando beijinhos, se puder. depois faça o que quiser. vc pode voltar pra vila simplesmente continuando no caminho q vc usou para chegar ao curral.

vá também à gamboa tomar banho de lama. tem um rodízio de pizza na vila de 16 conto, boa pizza. o sorvete de limão da praça é sensacional, da Fragolla, agora o que tem no fim da segunda praia, na ponta da ilha, é mais barato. finalmente vá ao 87 à noite, é bem animadinho. se quiser festão de perder noite tem a Pulsar Disco, festa de dez às dez.

é isso galera, vão se divirtam!

domingo, 4 de novembro de 2007

Em algum lugar no Rio...

- Oh campeão, me diga uma coisa, lá na Bahia, acarajé vende em todo lugar assim é?
- Rapaz, praticamente...
- Então, lanchonete lá não tem saduíche, tem acarajé?
- Aí não, porra é essa?! Lanchonete é lanchonete em qualquer lugar. Acarajé cê come é na Baiana de Acarajé.
- Ah é? maneiro. E como é isso?
- É uma mulher vestida de baiana, com um tabuleiro e uma panela com dendê pra fritar o acarajé.
- E ela só vende isso?
- Não! A baiana tem abará, passarinha, punheta...
- Punheta?
- É.
- Como assim?!?
- Como assim como assim? Punheta, pô. Cê chega lá e pede: “baiana, me veja uma punheta aí”.
- Você tá me sacanenado. As pessoas chegam no meio da rua assim e pede?
- Claro. Ou senão cê diz, “tá boa a punheta hoje baiana?”. É sempre bom pechinchar. Se a punheta for assim uns cinquenta centavos, aí, mesmo que cê queira uma só, cê pergunta: “faz três por um real?"
- Um real? Três punhetas?
- É. Isso é um exemplo assim né?. Pode ser mais, tipo “faz dez por quatro?”.
- Dez?!? Sim, e aí, se ela aceitar, dez por um real?
- Ah, punheta é bom demais. Mas, dez ninguém guenta, né? Aí, cê come uma e leva o resto...

sábado, 27 de outubro de 2007

Hugo Victor Lima Torres

É com imensa Alegria que informo que mais um Torres já se encontra nesse planeta e passa bem. Ecorpianino como a avó, por vontade do pai será "boleiro pegador".

ele irá para casa domingo às 11 horas, casa da mãe, não a minha.

Ele nasceu às 11:32' do dia 26 de outubro de 2007, pesando 2,823 Kg e com 48 cm de altura.

Parabéns ao menino.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Marketing

Não, eu não inventei uma fórmula mágica pra o blog "bombar" e ser referência em comentáros no brasil, mas além de nós três, pq cirne nem sequer veio ao barco, apenas Alessandra colabora com pitadas de "doces" observações pontiagudas... mas e aí?

como faremos para alimentar nosso querido Blog? Axo q vo botar na assinatura do meu emelho, ppra ver se cola...

AFDT

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eu só queria uma explicação...

Na hora, eu só consegui ficar perplexo. Sei que deveria ter sentido muitas coisas como tristeza, raiva ou até mágoa – que é tudo isso junto – e não duvido que essas coisas até tivessem por lá. Mas, tudo que me ocorria naquele momento era uma profunda perplexidade. Aquela cena era inconcebível pa mim, não podia crer na atitude dela.
Fazia pouco tempo eu lhe escrevera uma carta, fruto de uma viagem de ônibus. Sabe como são viagens de ônibus, a gente fica ali sozinho, sem fazer nada por um bom tempo, a cabeça vazia, acaba tendo idéias. É difícil evitar. Dessa vez fui assaltado pelo desejo de escrever uma carta e, servindo-me do pretexto da despedida, caí na tentação. Então, escrevi a ela como era grato pelo dia em que nos conhecêramos, como tudo fora inusitado e como tinha conhecido uma pessoa fantástica. Não poupei elogios. Reconheço que nesse ponto exagerei e no fim das contas pintei uma deusa mais que uma mulher. Não pergunte porque o exagero. Não sei se foi pelo afã de agradar ou se foi uma tentativa de achar uma explicação para tanto afeto, que no fundo sabia ser totalmente gratuito.
Na manhã seguinte, achei um envelope nas minhas coisas. Era azul claro e vinha selado com um adesivo de coração, bem adolescente. Sabia que era dela e, pelo cuidado, imaginei que fosse um agradecimento. Tive medo de abri-lo. Não queria consumir aquele gesto de carinho, talvez o derradeiro, afinal eu ia embora. Assim, dei-me por agradecido e guardei o envelope para outro dia em que saudades me apertassem o peito.
Ainda naquela semana, numa conversa de despedida, em meio a “você vai deixar a gente mesmo é?” e “vê se não some, viu?”, resolveram marcar um sessão de filmes na minha casa. Ela adorou a idéia. Eu, inocentemente, também. Então, no sábado pela manhã a comitiva de mulheres chegou a minha casa com filmes, chocolate e, é claro, sorvete - até aquele dia não sabia o que era Haagen Dazs. Como manda o figurino, fiz um tour pela casa, apresentando cada cômodo até chegarem ao meu quarto. Riram da caricatura à porta e mais ainda do cobertor de foguetes e carrinhos que minha mãe insiste em colocar na minha cama. Viram as fotos na parede e me encheram de perguntas: “esse aqui é você é? Nossa como mudou...”. O telefone tocou e eu, inadvertidamente, deixei-as sozinhas em meu quarto para atender a ligação. Quando voltei, deparei-me com as caras mudas de constrangimento olhando para o chão. Olhei na mesma direção e vi pedaços de papel por todo lado. Então, ela veio até a mim com o último pedaço da carta na mão, uma voz cheia de ódio e lágrimas nos olhos: “você não teve nem a consideração de ler a porcaria da carta que lhe escrevi com tanto carinho! Nem ao menos abriu o envelope pra parecer que leu. Pois agora quero ver como é que você vai ler!”. Foi embora e levou a comitiva consigo. Eu fiquei ali, parado, de pé, simplesmente consternado, sem entender como uma mera suposição fora suficiente para desfazer todas as palavras e todo o carinho que havia na carta.
O Nome dela eu prefiro não dizer, mas bem que poderia ser Katrina.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Coisas de Buzú

- Ele entrou na casa!!

- É o que menina?

- É, entrou, pela parte sem vidro. foi lá e entrou, tipo assim, aqui é minha casa... que quexo da porra

- Pois é, uma vez entrou um lá em casa também, eu fiquei A-PA-VO-RA-DA!! nem consegui me mexer! imagine, na janela do meu quarto!

- e vc fez o que?

- Sei não, acho q eu tava gritando porque o namorado de minha mãe tava lá em casa...

- graças a Deus

- Pois é. aí ele apareceu todo assustado com uma vassoura na mão.

- você também...

- Porra menina eu tava, não sei não. até hoje eu tenho medo de Pombo, axo que é trauma...

- é...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Meio a Meia

É engraçado quando você para de pensar em coisas de forma a escrevê-las. eu mesmo passei um tempo produzindo textos e postando alguns aqui e ficando com outros pra mim. mas o que é realmente engraçado é que quando se para de escrever os pensamentos começam a ficar curtos tirando uma sensação de continuidade do raciocínio. assim achei melhor voltar a escrever. de uma forma ou de outra, a prática deve levar a algum lugar.

A inspiração de hoje foi uma conversa com um grande amigo meu. falavamos das mulheres, pra variar, e enquanto ele contava os causos de suas pares ficava eu cá relacionando esses com os das muitas histórias que ouvi tempos atrás. mulher que ficou com um querendo outro que não queria ela e que depois quis mas ela já não tava lá e esses desencontros engraçados que marcam a vida amorosa de cada um de nós.

pras tantas já emergia em mim uma conclusão muito simples sobre isso tudo. O Ser humano do sexo feminino vem "de fábrica" dotado de uma característica interessantíssima: noção intrínseca de que há neles capacidade suficiente para mudar o ser humano do sexo oposto. vai lá que, segundo meu camarada, isso acaba sustentando uma série de relacionamentos, para o bem ou para o mal, mas vamos combinar que isso é uma boa de uma furada...

A conclusão da noite, de acordo com os fatos que invariavelmente se repetiam de mulher pra mulher (não é merchandising), era que as mulheres se envolviam com meio-homens e achavam que estavam lidando com homens. como haviam muitos exemplos de homens assim, estatisticamente todos os homens são assim, meio-homens. pergunta do ar: essas mulheres gostam e gostavam das mesmas coisas, não é?; logo, frequentam os mesmos lugares; logo, conhecem diariamente as mesmas ou o mesmo tipo de pessoas. conclusão: "escute rock'n'roll. a gale do rock não é assim" finalizei. não é bem assim mas vale a piada.

Depois assim, em reflexão pessoal, na longa espera por um buzu que me levasse em casa
, voltei minha mente para o esse caso, no intuito de passá-lo adiante e misturei com outras coisas que por acaso vagavam em minhas sinapses. , mas vai que os homens e as mulheres não são lá tão diferentes. fora o efeito bastante forte da cultura, pouca coisa os separa, afinal, são todos seres humanos. partindo do pressuposto de que um ser humano completo consegue se aproximar ao máximo possível da essência de si, ou seja, analisar e criticar sua cultura e detectar os efeitos que ela tem sobre si, este ser chegaria a uma conclusão que passasse pela nossa.

Daí é possível que "respirar novos ares" seja o caminho escolhido por muitas na busca pela completude. conhecer visões de mundo diferentes implica em paradigmas diferentes, implica em perceber belezas diferentes. assim está posta a fórmula para achar um homem inteiro, por assim dizer.

Mas pera lá. volta tudo aí. ô Athos, não padeceriamos nós mesmos da mesma patologia congênita do sexo feminino? não estariamos nós, procurando uma cabeça de mulher em cabeças de meias-mulheres?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Não passe sem Luta, Passe Livre Já

não querendo fugir da responsabilidade de criar minhas proprias linhas trago aqui um texto, na verdade uma nota pública do Movimento Passe Livre Aracaju, núcleo que se organiza nacionalmente com MPL-Salvador do qual eu faço parte e compartilho das idéias boa leitura:

"A Bilhetagem Eletrônica já em curso na cidade de Aracaju está sendo panfletada sob a égide de dois princípios gerais, aparentemente positivos: a modernização tecnológica e o incremento da segurança no transporte público. O Movimento Passe Livre em Aracaju e em mais de 26 cidades brasileiras contesta veementemente esses argumentos por acreditar que mascaram a verdadeira razão deste novo paradigma para o sistema de transporte público.

Como não gostamos de dar ponto sem nó não caímos na ingenuidade leviana de simplesmente esbravejar aos setes ventos que isso é ruim e pronto. Nem iremos nos perder em slogans poéticos, porém perdidos no tempo. Procuramos dissecar o problema que nos cerca e começamos pela própria organização do transporte coletivo urbano.

A Constituição Federal (art. 30, V), afirma que o transporte coletivo é um serviço público essencial prestado diretamente pelo município ou em regime de concessão sob fiscalização municipal. E continua dizendo que toda e qualquer concessão pública deve ser precedida de uma licitação. Tem bastante tempo que os meios de comunicação tornam pública a batalha pelo processo licitatório sem que o mesmo logre êxito. Sendo assim, a qualidade do serviço que deveria ser garantida através de uma licitação pública foi pro espaço.

Como se isso não bastasse todos sabemos que o sistema de transporte passa por uma crise. Empresários e Prefeitura tentam ao máximo passar a imagem de que esta crise é de financiamento. Demonizam o transporte dito clandestino e a venda de passes e vales por pessoas desautorizadas. Além, é claro, das gratuidades garantidas por lei. Para tal, utilizam sempre de um discurso técnico procurando afastar do conhecimento público os problemas do sistema.

O Movimento Passe Livre – Aracaju entende que a crise é de mobilidade urbana. Quanto mais se aumenta a tarifa (a fim de que os empresários possam maximizar os lucros em curto espaço de tempo) um número considerável de pessoas deixa de andar de ônibus, isso significa que o número de pessoas que dividirá os custos do sistema através do pagamento de tarifas se reduz e assim inaugura-se um círculo vicioso, no qual o aumento nas tarifas desencadeia uma espiral de exclusão de usuários seguida automaticamente de novos aumentos decorrentes da própria dinâmica do sistema; estes novos aumentos excluem outros usuários, e assim sucessivamente, até que o transporte coletivo torne-se progressivamente mais elitista.

Todas as “alternativas” encontradas pelo empresariado ou pelo Poder Público malmente roça a superfície do principal problema, que é a mercantilização do direito e ir e vir. E é aqui que chegamos à Bilhetagem Eletrônica ou antecipação de receita que é a mais recente das soluções encontradas. Ela vem embutida na principal proposta de "modernização" que tende a eliminar progressivamente o posto dos cobradores, mantidos no processo de produção do deslocamento humano nas cidades apenas graças à força dos sindicatos de rodoviários;

Sabe-se que, entre 50 cidades brasileiras pesquisadas pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano - NTU entre 2002 e 2003, 35% delas já tinham a bilhetagem eletrônica implementada em seus sistemas de transporte coletivo urbano por suas respectivas prefeituras, e 41% pretendiam implementá-la dentro em breve; dentre as cidades com bilhetagem eletrônica implementada no sistema de transportes, 84% não eliminou e nem pretende eliminar o posto de cobrador, 16% já havia eliminado o posto e 5% pretendia eliminá-lo em breve (NTU, 2003).

A jogada é simples: ao invés de pagar a passagem no ato de seu deslocamento, entregando dinheiro ao cobrador ao entrar no ônibus, com a bilhetagem eletrônica o passageiro é obrigado a comprar cartões eletrônicos com créditos equivalentes a tarifas. Ocorre que estes créditos não são vendidos individualmente, mas sim em quantidade que permita a cobertura dos gastos com a confecção dos cartões, manutenção dos pontos de venda et cetera. Assim, o passageiro compra uma quantidade de tarifas maior que a de sua necessidade imediata de deslocamento, e antecipa receita para os empresários. Mas o patronato das empresas de transporte coletivo tem basicamente quatro interesses: reduzir o número de meias passagens, demitirem cobradores, aumentar a receita e reduzir custos.

Os estudantes compram passes escolares nos Correios com o limite de duas “compras” por mês. Se pertencerem a escolas de segundo grau tem direito a setenta passes. Isso dá no final do mês exatos R$57,75 centavos. Como a educação é confundida com presença na escola esses setenta passes escolares fazem com que o estudante vá e volte somente uma vez da escola. O estudante fica no impasse de não sair de casa para manter a freqüência. De que adianta poder andar de ônibus aos domingos se os pais não tem dinheiro nem pra semana? Com o cartão eletrônico, a reposição que era feita com a compra de passes e vales em camelôs se perde no brejo fazendo com que o estudante pague a inteira se quiser sair de casa reduzindo assim o número de meias passagens.

O aumento da receita é óbvio, posto que o cartão maisaracaju é pré-pago. Demissão de cobradores e redução de custos são duas faces da mesma moeda e são objetivos de médio prazo. Lembramos bem de uma entrevista onde o médico de formação e superintendente da SMTT Antônio Samarone discursava o inevitável processo de bilhetagem onde até o final do ano todos estariam usando o cartão. Juntando peças recordamos também que o atual Prefeito e ex-comunista Edvaldo Nogueira tranqüilizava os cobradores afirmando que haveriam eventuais passageiros que pagariam com dinheiro. A incongruência está na voracidade em ter TODAS as pessoas utilizando o cartão e esperar que EVENTUAIS usuários paguem com moedas.

Não sabemos qual é a posição das entidades estudantis neste processo já que este debate está sendo escondido do povo e dos estudantes. Sendo assim, deixamos clara a nossa posição de descontentamento e denúncia: a bilhetagem eletrônica favorece somente os empresários e a meia passagem aos domingos nem de longe toca na questão fundamental de impedimento à educação que é o preço da tarifa.

A educação só será de fato gratuita e acessível a todos quando os estudantes puderem sair e voltarem de suas casas sem ter que pagar por isso. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) em seus artigos 10 e 11 atestam a responsabilidade do Município e do Estado com o transporte dos estudantes de suas respectivas redes. Isto vem sendo escancaradamente ignorado pela Prefeitura e pelo Governo do Estado. Além do mais, a Lei de Concessões Públicas afirma que quem tem que renovar a frota é a concessionária e não o Poder Concedente. Foi amplamente noticiada a entrega de 18 ônibus pela Prefeitura. Um caso típico de desvio do erário público para empresas privadas.

Com base nesses e em outros argumentos que não cabem neste espaço o Movimento Passe Livre – Aracaju tem organizado sua pauta em torno de um transporte livre da iniciativa privada, com controle público, combinada com a autogestão dos transportes pelos passageiros e trabalhadores do setor para que os transportes se tornem realmente públicos.

Por uma vida sem catracas.
Movimento Passe Livre - Aracaju"


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Onde estão estes mosqueteiros infiéis? Será que vou ter que carregar este blog sozinho? Um por todos e...Por onde anda Aramis e suas reflexões sobre o universo infinito da mente humana? Será possível que este cão imundo não tenha até hoje se dignado a publicar uma só palavra? D’Artagnan, o mosqueteiro fundador, onde foram parar suas histórias insólitas? Terá se dado por satisfeito depois tão breve praticipação? Verme preguiçoso! Quanto ao finado Porthos, acho que as esperanças na sua ressurreição já se esvaeceram. Então que vá com Deus (ou será melhor dizer que o Diabo lhe carregue?).

Trago notícias boas também, apesar de já antigas. Para os eventuais leitores tão desinformados quanto eu, tenho o prazer de informar que está sendo filmada a adaptação cinematográfica de Ensaio Sobre A Cegueira. O nome será BLINDNESS e contará com a participação de Gael Garcia Bernal, Julianne Moore e Danny Glover. O Diretor é Fernando Meirelles,de Cidade De Deus e O Jardineiro Fiel, que lançou um blog contando os bastidores das filmagens. (bem jornalístico este parágrafo, não?).

Enfim, rogo mais uma vez aos diletos integrantes deste blog que não abandonem a causa!


Site Recomendado:
http://blogdeblindness.blogspot.com/

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Carta a Uma Amiga

Prezada Milla,

Em primeiro lugar, obrigado pela lembrança.

Pra ser sincero já tinha lido esta entrevista de Marcola ao Globo. Fiquei muito chocado na época. Melhor dizendo, fiquei muito impressionado. Inclusive coloquei um trecho dela no perfil do meu orkut: achei que as pessoas precisavam ver algumas daquelas palavras.

Mas, hoje penso se o objetivo dessa entrevista não era, justamente, chocar. Afinal, se não fosse algo assim a globo não publicaria, nem o "maior criminoso do país" abriria a boca pra falar. Como o próprio afirmou, antes pessoas como ele só eram lembradas nos desabamentos e nos sambinhas romantizando a favela. Agora não, eles são primeira página: ataques no Rio, em São Paulo, chacinas aqui e acolá, enfim, não se passa uma semana sem que haja algo macabro no jornal sobre as favelas. O Governo até criou um grupo especial para cuidar dos favelados, a Força Nacional. É o show do terror que eles aprenderam a dar e que a mídia adora. E a entrevista toda é assim, desde o descaso com a moral até as vastas leituras do "marginal".

Aí, eu que no começo me impressionei com a clareza e sagacidade do diagnóstico de Marcola, e claro com a própria cena descrita, começo a tirar o crédito das suas palavras. Um homem que leu tanto quanto ele demonstra ter lido tem perfeita noção do impacto das coisas que disse. E até que ponto ele não disse aquilo apenas pela atenção que chamaria? É cheio de frases de efeito como "eu sou um sinal dos novos tempos", ou "você é que têm medo de morrer, eu não" e " Nós somos cruéis, sem piedade (...) Nós fazemos vocês de palhaços". Alguns cantam pra serem famosos, outros mostram a bunda, ele mata. E agora se diz o cavaleiro do Apocalipse.

Pense bem, veja se as críticas dele não se aplicam ao governo de Lula, mas também ao de Collor, à Ditadura, aos dos Dom Pedros. O nosso país tem sido governado com o mesmo descaso e pela mesma burocracia incompetente desde o começo. Canudos, o cangaço, o comunismo, o governo parece sempre tentar resolver o problemas sociais com violência, cuidando dos sintomas sem cuidar das causas. São críticas velhas como a anúncio do fim dos tempos, que já deveriam,segundo as profecias, ter acabado há muito tempo. Repare que ele cita a Divina Comédia, que começou a ser escrita há exatos 700 anos.

Enfim, talvez ele até sirva de alerta para acordar as pessoas. De fato, a situação é grave, da criminalidade ao meio ambiente, e precisa de nossa intervenção. Mas, sinceramente eu acredito que desespero não ajuda. Vamos ler e ouvir quem informa e propõe algo diferente, não estes jornais sujos de sangue.

Espero que tenha valido sua paciência.
Abraços,

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Andei repensando Cuba

Li recentemente um artigo de Fidel Castro na Caros Amigos. Tratava dos pugilistas cubanos que tentaram fugir durante o pan. Na perspectiva dele, o retorno dos cubanos correra de forma tranqüila, com uma perfeita colaboração entre as autoridades brasileiras e cubanas. Quanto aos desportistas, eles apenas haviam desistido de ceder as ofertas indecentes de empresários – na opinião de Fidel - mafiosos. Segundo o estadista ainda, ninguém foi preso ao chegar em Cuba, foram eles apenas levados para casas de observação, com livre acesso aos familiares e aos repórteres. Os boxeadores não seriam tampouco objeto de represálias de qualquer tipo e exerceriam uma função digna do esporte que praticavam. Em suma, receberiam um tratamento digno, diferente daquele dado pelos estado-unidenses aos prisioneiros de Guantánamo e Abu-Ghraib. Achei interessante, em primeiro lugar, o paralelo com as prisões americanas. Se não foram de fato presos os ex-desertores, seria então descabida a comparação. Enfim, talvez ele tenha apenas aproveitado o ensejo para criticar seus inimigos mortais. De qualquer modo, após muitos anos defendendo Cuba e o regime de Fidel, fiquei pensando nas palavras dele, especialmente sobre o buscar soluções despregadas de paixões e rancores e sobre o saber tratar seu povo. Primeiro, pelas inúmeras pessoas perseguidas pelo governo por atos atentatórios a revolução. Gente que foi presa e torturada, assim como aqui, por ter opiniões diferentes. Mas, não só isso, fiquei pensando também no povo que vive com cerca 200 pesos por mês, que não é mera média aritmética, pois num país socialista todos ganham mesma coisa. Este salário equivale a menos de 10 dólares, o que coloca os cubanos abaixo da linha da pobreza. O governo ainda fornece uma sesta-básica, mas ela não atende às necessidades de uma família durante um mês. Pensei também nas eleições que são feitas apenas para o Congresso Nacional, onde se vota erguendo-se a mão e apontando para um dos candidatos escolhidos pelo Partido Comunista Cubano, o único do país. Enfim, até que ponto um chefe de estado que submete seu a tantas privações e a tamanha repressão político-ideológica sabe o que é digno? E já nem consigo mais pensar nisso como sacrifícios em prol de um ideal, por que este ideal não é mais construído, nem conversado, nem aspirado ou sonhado, apenas imposto.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

...Um dia na vida...

Humpf... sobrou pra mim, sempre sobra. alguém tem que fazer o trabalho sujo, elas dizem. sujo... e existe algo meis mportante que isso? a outra diz que os animais, oh os animais. humpf... animais... tá certo e a outra, há! prefeitura! que piada. quando aqueles vermes forem presos ela acaba indo junto... e a mim... ... a mim sobrou o trabalho sujo... outra coisa porque trabalho sujo? quem disse que cuidar de am]nmais é um trabalho limpo? e quem disse que ficar naquele covil é limpo... mas tudo bem...

muitos, hoje vai ser divertido... aqueles vermes, sempre tentando dar um jeitinho de chegar ao jantar. Sopa, macarrão, lasagna... massas, massas são seu fraco... o que facilita bastante meu trabalho... muito bem, olha como eles passam achando que nada pode vê-los, no supermercado é que els se escondem, é difícil manter a segurança nos supermercados, o que seria ideal, assim pegariamos os sujeitos que facilitam esse tipo de migração legal. não que eles iriam sobreviver muito mais, o prolema é o que els trazem cnsigo mesmo depois de morto... infectam tudo e a solução é eliminar. vejam, quando eles se escondem fica uma marca branca, quando já estão mais folgados fica até marrom... e esses são os melhores de torturar. água... como odeiam a forma como usamos água... dá pra sentir o desespero, fugir? não há como fugir... marginais que escolhem esse caminho geralmente se fodem, huahhua, prinipalmente comigo... eu executo sem pena, e quem está levando? mesmo buraco, até os que já se separaram a gente pega e exclui, daí pra frente é outro departamento que toma conta, e eles são sujos... huhuhu, aí ocês veriam traalho sujo.

pense o que quiser, mas quando se trata de macarão, aqueles bichinhos tem que se fuder mesmo...

terça-feira, 24 de julho de 2007

Parece que agora é sério!

- Gente, parece que ACM morreu mesmo.

- Sério mesmo?ele ta morrendo há mais de um mês.

- Parece que agora é sério. Minha amiga disse agora que viu na tv.

- Finalmente!!!

- Eitah!Como é que fala assim da morte de alguém?!

- Por mim ele tinha ido antes.

- Não acredito!(lágrimas)

- Ai minha Nossa Senhora!

- Ô gente, vamos respeitar a morte do homem. Vocês podem não gostar dele, mas tem que reconhecer que tudo que a Bahia é hoje deve a ele. O pessoal lá fora conhece a Bahia por causa dele. Ele fez a Bahia famosa.

- E Cabral? E Caetano? E Itapuã? Tudo por causa dele também?

- Eu mesmo não acho nada. Pra mim ele nem faz nem desfaz. Mas realmente, a carreira política do homem é invejável. Eu vi a reportagem no jornal. Rapaz, o homem fez de tudo.

- Matou, roubou...

- E a Ford aqui na Bahia foi ele quem trouxe. Ia pra não sei pra onde e ele fez vim pra cá. Bicho, é uma fábrica da porra, cada robozão retado!
- Realmente lá tem de tudo, menos baiano trabalhando....

- Ah rapaz, aí não concordo não, Cê ta com uma visão muito assim (mãos ao rosto imitando a bitola dos cavalos)

- Acho que a gente devia fazer um minuto de silêncio!

- Era só o que me faltava...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

O mundo dos papeis.

"Em casa onde se falta pão, todo mundo grita, ninguém tem razão". Pois é, sabem como são os ditados, né?, dizem tudo sem dizer nada. E se forem citados com a entonação correta, deixam o ouvinte com a sensação de aquilo realmente tinha um sentido e só ele não entendeu. Mas, o mundo dos papéis me faz lembrar deste ditado em especial com freqüência. Nunca vi tanta gente gritar sem ter razão. Impressionante como os princípios mais bonitos servem de base para os pedidos mais esdrúxulos. Certa feita, vi Jô Soares fazer um comentário sobre uma pérola do ENEM que cabe perfeitamente: “acho q o professor lê isso aqui e não sabe se está certo ou errado”. Nesse caso, a dúvida seria do Juiz e não do professor. Aí, as pensões alimentícias se perdem em meio a discussões entre maus devedores e cobradores impiedosos. E eu fico me perguntando qual é o pão que falta a essa gente. Ética seria uma resposta bem óbvia, a ponto de me fazer desconfiar dela. Talvez sejam apenas crianças esquecidas por seus pais, carentes de atenção, que gritam por não saber dizer o que sentem e por não conhecer limites para o barulho. O que isso significa deixo para outro post, com análises antropológicas ou sociológicas mais profundas...

terça-feira, 3 de julho de 2007

O Brasil complicado e o Complexo do Alemão

Semana passada, estava navegando pelos jornais na internet e passei pelo sitio da BBC de Londres. Este é tão pouco informativo quanto os nacionais, repleto de notícias regionais que recebem destaque como se fossem de interesse do mundo inteiro. No espírito do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, geralmente vagueio os olhos pelas manchetes sobre o prefeito de Castlejingleshire e sobre mais mortes no oriente médio até achar algo sobre o Brasil. Dessa vez não foi preciso procurar muito: na primeira página, havia uma manchete sobre a ação da policia nas favelas do Rio. A história contada não precisa ser repetida. O que me marcou foi uma segunda matéria que trazia a operação em imagens. A primeira imagem era um close de um policial, onde não se via seu rosto, apenas o capacete e o rifle. As outras fotos retratavam cenas iguais àquelas das histórias sobre o Iraque. E eu não pude evitar o embrulho no estômago ao pensar que estado desistiu de lidar com as pessoas e resumiu sua atuação nas favelas a invasões policiais. Ninguém, foi salvo de um câncer ou concluiu o terceiro ano e foi para a universidade. As pessoas das fotos ou estavam fugindo ou estavam sendo carregadas em lençóis...E o resultado não poderia ser outro com todas as escolas fechadas.Interessante que as balas parecem ter um detector de traficantes, porque nunca vi os PMs matarem um inocente. Sem falar na Força Nacional, que não é de médicos ou professores, mas sim de mais militares, tanques e fuzis. O paralelo com os métodos norte-americanos de “reconstrução” do Iraque é óbvio. Lula agora anunciou um investimento de mais de 3 bilhões reais para urbanização das favelas. Tenho certeza que a Gautama e que Renan Calheiros receberam com muita festa esta notícia.

sábado, 16 de junho de 2007

E porquê a concessão da globo não é cassada mesmo?

Eu tava saindo do chuveiro, tinha acabado de tomar um banho gelado pra dormir. peguei e vesti meu roupão e tava escovando os dentes do recém-deglutido almoço. Um assunto salta da tevê na voz daquela mulher q apresenta o jornal hoje: "Greve dos Metroviários pára São Paulo". Assunto que me interessa e muito. coloquei minha 'escovação" no automático e dediquei minha atenção às palavras daquela mulher. a reportagem começou com uma panorâmica, eu não estava na sala, na frente da tevê, mas quem já viu uma reportagem da globo já viu todas. "a paralisação causa engarrafamentos quilométricos..." palavras fortes como "recorde" ou "de toda a história" recheavam a reportagem. depois entrevistavam as pessoas que dependiam do transporte. O ícone da reportagem Maria (nome fictício-não lembo o nome da pessoa) que, com certeza, teria uma opinião assáz abalizada e bem amadurecida da situação, não fosse os quatro anos de idade. plenamente incapaz, a mãe responde por ela e, como em coro das outras bocas "entrevistadas" saiam coisas como "esperamos muito tempo" ou atrasando para isso ou aquilo. tudo muito justo. depois disso. a especialidade da emissora. Números. "essa paralisação causou, apenas pela manhã, um prejuízo de..." e tome real pra dentro. A panorâmica é cortada e volta ao estúdio - novamente não vi nada disso mas... e quando eu esperava atentamente o resto da reportagem ela termina com um singelo "os metroviários aceitaram um reajuste de X% e voltarão às atividades pela tarde". outra reportagem entra. eu fiquei esperando, sinceramente, o resto da reportagem. eu não sou lá nenhum jornalista, mas acho que deveria haver um mínimo de variedade de opiniões sobre um assunto. cadê a opinião dos metroviários? ou o resto da pauta? tá bom acho q pedi demais, ? mas aí vem a questão: um bocado de gente achou ruim Chavez "picar a porra" na RCTV e essa emissora estava DECLARADAMENTE envolvida num golpe de estado para retirar um presidente eleito pela maioria de uma nação soberana em primeiro turno, com quase 70% de votos. mas será que é preciso tudo isso pra uma concessão não ser renovada? acho q as pessoas deveriam rever os princípios que regem, em tese, a imprensa porque esta me parece um latifúndio improdutivo, poderia ajudar muita gente se utilizada socialmente.

sábado, 2 de junho de 2007

Sem novidades

iaí galera, cadê vocês??

vou ficar escrevendo pa porra só pra vcs ficarem lendo? e meu momento leitor? esa onda tá muito parada aqui... e o quarto mosqueteiro?? onde está Porthos?? perguntas q devem ser respondidas!!! CPI neles??

ps. De onde Veio o Dinheiro???

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O Mesa e A Castiçal

O encontro dos dois foi no natal. ela estava linda, vestia cinco lindas peças vermelhas e perfumadas com algumas fitas verdes envolvendo seu corpo. Ele estava coberto com uma verdadeira bata cerimonial. Uma primeira camada verde, outra vermelha por cima e por fim um lenço branco. ela estava tranquila, mais um natal, não que fosse velha, do jeito que era viveria incontáveis natais. mas já vivera o suficiente para não se espantar com a pompa. Ele por sua vez, morria de medo. e se não aguentasse a pressão? se ele descobrisse que o propósito dele não está dentro de suas capacidades? Se for um inútil?

ela se posicionou de forma que pudesse contemplar a todos. instantaneamente o sentiu e se virou para ele encantada. tentou alguma abordagem sutíl, mas o rapaz estava visivelmente acanhado, então, tentou outras formas, mais agressivas. assim conseguia, pouco a pouco, arrancar palavras do jovem Mogno. Prata contou lhe sobre os seus antecessores e sobre si, muito sobre si. o jovem ficava encantado com a habilidade dela em detalhar as coisas, mas mogno podia apenas imaginá-las. no fim da ceia os dois foram separados.

Noutro dia se encontraram novamente. mais a vontade, ele e ela trataram de amenidades e coisas da vida e prata sempre com uma eloquência invejável conduzia muito bem a situação. o rapaz se encantava cada vez mais e Prata se envolvia na adoração que Mogno nutria por ela.

Anos se passaram em que os dois estiveram juntos. Mogno era um ser muito robusto mas se movia sempre que podia para outros ambientes e conhecia coisas novas. Prata, cada dia que passava sentia mais a necessidade de estar com ele, aquilo a fazia bem e para onde ele ia ela o acompanhava. parecia que ver o mundo não lhe tinha mais importância e viver por ele é o que bastava. depois de um tempo não lhe agradava nem as velas perfumadas, não as queria consigo, se tornaram um peso.

Algum tempo depois se separaram. Mogno dizia que não mais se encantava por ela e que cada um deveria seguir seu caminho. ela respondeu amarga:

Como vou seguir meu caminho se o abandonei há muito para te seguir?

quinta-feira, 17 de maio de 2007

...Em algum Lugar na Sibéria...

- Muito bem, lembrem-se: sua missão é chegar no marco zero e transferir os dados, tomem cuidado, pode haver algum sistema de segurança ativado.
- èi¹.

- Humpf... sistema de segurança... isso aqui está abandonado a séculos!! provavelmente os computadores ainda têm discos rígidos.
- é... e com certeza devem ser do tamanho desse lugar...
- cabendo vinte Gigas... no máximo. não faço idéia do que viemos buscar aqui... e esse monte de fios... acho q não conseguiria viver num mundo assim...
- Deve haver uma espécie de arma aqui.
- Arma! humpf eles não conseguiam armar um simples compensador de Neutrons como é que iriam criar uma arma descente?
- Vai saber... mas... espera, abre isso.
- aham!... brincadeira de criança.
- sim, o homem que criou isso era um gênio, um pouco de luz.
- Leon Trotsky!
- e Igor Petrov...
- Eles tinham algo, olha quanta imagem deles "Для мати России" ("Pela mãe Rússia")

- Muito bem criancinhas, receptor preparado, temos 15 minutos.
- èi

- como se fosse aparecer alguém, no meio da Sibéria, de noite, pra pegar a gente.
- Trotsky deve ter ordenado a evacuação do lugar, não há sequer um documento.
- Mas com certeza, ele pensava em voltar, não iria destruir tudo assim.
- Não sei porque você o valoriza tanto.
- Ele era um Gênio.
- Déspota.
- Seguimos déspotas durante um bom tempo, e deu certo.
- Mas há cinquenta anos vivemos uma democracia.
- Que quase vira um Neo-Liberalismo
- Nuca aconteceria, os Liberais estavam fadados à derrota
- Um paredão os caberia melhor.
- Sem a democracia não haveria o aproveitamento de toda nossa capacidade, seriam apenas os
ligados ao governo a liderar, não seria muito diferente do que a América ou nossos antepassados...
- Cuidado com os antepassados...
- Sabe do que eu estou falando.
- Капитан красной команды (Capitão do Comando vermelho) que brega
- 1920 amigo, tudo era brega.
- e com excesso de fios, porque tantos fios?
- não sei, mas os traços dessas amostras são, no mínimo curiosas.

- chuò jī dì², Preparando para transferir dados.
- Canal aberto, 8 minutos.
- Decodificando...

- Nossa, uma porta Secreta! uau, eles tinham estilo
- Cuidado.
- com o que? o "Sistema de Segurança"? deve ser tão velho que o mofo deve ter comido até a
pálvura, é isso? pálvura, né?
- Pólvora. jī dì³, dados decodificados, preparando codificação "unidata"

- Transferência completa. Muito bem shé*, retornem imediatamente. Cinco minutos para a
retirada.

- Wow! Ang, vem aqui, tem um... homem aqui...
- Não brinca, vamos embora ele não pode ter sobrevivido por tan...to tempo... oh meu Deus
- Rapazes, evacuar área imediatamente! confirmando presença humana não identificada...
- Oh céus, ele está se levantando! está vindo em nossa direção! corra, corra,
CORRRAAAAAAARRRGGGGGHHH!!!!

¹ - Sim, interjeição de concordância (chinês)
² - Base Móvel - Veículo que transporta uma série de componentes, como gerador de energia, sinal e receptores de longo alcance, para dar suporte a uma missão específica
³ - Base - Derivada de Base Móvel, se refere a ela
* - Gatos - Apelido dos membros da Rede Gatos Negros.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Despertar

A primeira coisa que você repara é que você não está morta. sua visão desembassa e vai se ajustando aos poucos à pouca claridade. acima de sua cabeça uma armação de madeira coberta com sedas de cores quentes. Um pouco mais ousada você leva sua visão ao seu corpo, coberto com um vestido vermelho vivo. talvez longo demais para ser seu. na verdade você tem certeza de que não é seu. as dúvidas de como ele apareceu se misturam num turbilhão de pensamentos em flashes da noite passada. Tinha aquele cara lindo no bar. você lembra de conversar com ele, apesar de não te ocorrer o motivo pelo qual você estava naquele lugar. e depois de alguns drinks foi convencida a ir até a casa dele onde estava havendo uma festa. se pegou pensando como havia aceito a proposta. Geralmente era astuta e mandava ese "tipinho" barato pra longe. mas ele não era barato, não só por ser rico e provavelmente o era, mas mil desses foram da mesma forma que vieram a você, ou melhor, com um pouco menos de dinheiro. que importava tanto pra eles quanto pra você. Trazida de volta pelo uivo na janela, uivo causado pelo vento, imediatamente pôs seus braços em volta dos seios até que suas mãos atingisem os ombros opostos. sem perceber, no entanto, que aquilo não fazia muito sentido. não estava frio. o que fazia menos sentido ainda. já que àquela temperatura milhões morriam nas ruas. movida por um impulso você levanta e segue até a janela. o som do mar. a visão do mar. o choque com as rochas. a lua, no limite da sua invisibilidade, forçava sua entrada triunfal na noite por um veio de prata. aquilo te paralisou. depois, e o tempo é irrelevante, volta seus olhares para o quarto. não sente frio. procura alguma coisa. seu corpo não mais reage alergicamente ao salitre. não sente o ar frio nos pulmões. e tem uma certeza. você tem sede

terça-feira, 8 de maio de 2007

Tudo à Maioria

Estavam todos lá. A multidão tomava conta do salão e formava um semi círculo que começava em uma e terminava numa outra extremidades de uma mesa cumprida. aspessoas se acumulavam em níveis diferentes de altura do piso, formando uma espécie de concha. a parte de dentro, naturalmente. lá estavam eles consensuando sobre uma via de escoamento. era imprescindível que a cidade tivesse um canal de comunicação com a modernidade. a indústria tinha se montado lá perto há pouco e eles precisavam usufruir dessa 'maravilha'. Derrepente adentrou no salão um casal. o homem com uma menina no colo e a mulher com um garoto na mão. foram bem recebidos e saudados. Tomaram seus lugares na assembléia que continuou. mais inusitadamente ainda o recém chegado pediu palavra, prontamente atendido, começou a discorrer de forma pouco hábil, mas no máximo que a vida o ousou ensinar, sobre sua opinião. Disse-lhes que morava naquela terra há muito, a recebeu de seu pai e vendeu parte dela para necociar sua dívida, que ainda estava pagando, mas que em alguns anos o faria e a terra seria o suficiente para sua família viver e pensar no futuro. Um outro homem recebeu a palavra e apalaudiu o seu antecessor e fez um discurso emocionado sobre a essência do trabalho e a forma como ele emancipa o homem. e concluiu: Esse homem merece nosso apoio! vamos comprar a terra dele por um preço que ele possa pagar suas dívidas e que lhe sobre algo para ter um teto sobre a cabeça. com certeza haveria a possibilidade dele disputar uma vaga na indústria e manter sua família! Coloquemos em Votação! Todos a Favor. Viva a Democracia!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

...Um dia na vida...

Desconfiado, o soldado fitou o velho por alguns instantes. Então ordenou aos seus subordinados: - Sigam pela ponte! O comando soou mais como estalar de chicotes e os militares seguiram. Acompanhados pelo sereno olhar do velho até a curva depois da ponte, descendo o rio. Imediatamente cutucou com a ponta do pé uma cesta que descansava próximo a ele. Saia, pode sair. Respondendo à voz arrastada do ancião, a tampa da cesta foi se movendo até que foi possível destinguir contornos humanos. Uma cabeça. Seus olhos percorreram a rua cima a baixo para ratificar a ausência dos guardas. Eles Forampela estrada da ponte e desceram o rio. disse o velho, parecendo responder aos pensamentos do garoto e retornando aos seus afazeres. O garoto saiu da cesta e, no susto, apanhando um pão arremessado pelo salvador do dia agradeceu e seguiu seu caminho.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ô Pai, ô.

Este Sábado, assisti a “Ó pai, ó”. Depois de diversos comentários e críticas, e da expectativa criada por um filme com Lázaro Ramos, aproveitei o feriadão para ir ao cinema. E adianto logo, gostei.

Meu primeiro contato com o título foi no carnaval, através da música que Caetano canta com Jauperi (ou será Pierre Onassis??). A rejeição foi imediata. Então, soube da peça que ia parar de se apresentar por causa da estréia do filme, ambos homônimos. O preconceito com a música se somou ao da película ser da Globo Filmes. Já imaginei aqueles paulistas falando com sotaque afetado se dizendo baianos. Mas, e põe mas nisso, lá estava Lázaro Ramos.

Fiquei divido. Não sei porque, às vezes tenho uma pressa de me posicionar com relação à certas coisas e resolvi ler a crítica. Não gosto de crítico, nem muito menos de construir minha opinião baseado na dos outros. Só que precisava chegar ao filme de alguma forma, ter algum substrato para julgar e apelei. É, desgarrei do rebanho do Senhor e peço perdão (rs...).

Pois bem, a crítica foi severa. De logo disse que não se podia analisar o filme com parâmetros cinematográficos, pois aquilo na era sequer uma “obra da sétima arte”. Que, sem um fio condutor que guiasse o espectador, era um filme pobre com esquetes despropositadas. Até a atuação de Wagner Moura foi criticada. A resenha concluía que gostar do filme dependia da empatia como o jeito baiano.

Com minha ansiedade aplacada e com as expectativas tolhidas, já tinha tirado o filme da minha lista de prioridades. Até que as pessoas começaram a assistir e a comentar. Minha mãe, que está de férias em casa, disse que o filme era "ótimo" e que eu deveria assistir (minha família pode ser muito chata quando encasqueta com alguma coisa) .Roberto, o assessor para assuntos cinematográficos da galera da faculdade, já tinha inclusive sugerido fazer uma sátira chamada “ô Pai, ô”.

Aí, recebi um ilustre convite da minha digníssima e fui ver o bendito filme. Ri bem menos do que gostaria. As críticas sociais são bem superficiais e algumass falas parecem colocadas na boca dos personagens, digo, não parecem naturais. Enredo, de fato, acho que não estava na proposta do filme, pois não há nem vestígios dele. Mas, gostei de ver minha cidade e minha língua num lugar tipicamente estrangeiro. E me senti tocado com o retrato de tanta gente submetida a condições tão precárias. Gente que, como o personagem de Lázaro Ramos diz numa referência ao Mercador de Veneza, também sangra quando apanha e que também chora quando ama. Sei que parece piegas e sei que parece banal, mas não é.

Enfim, relendo agora a crítica do sítio do Cineinsite vejo que concordo com muito do que foi dito. Talvez a leitura tenha determinado minha forma de ver o filme. Acho que, apesar dos defeitos, o filme é válido como um retrato do incomum. Deve ter funcionado melhor como uma peça mesmo. Contudo, a atuação de Wagner Moura é excelente e não deixa a desejar junto de Lázaro Ramos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Diversão na Fonte Nova é Mulher dos Outros

vou logo pedindo desculpa para todas as mulheres envolvidas nessa frase. Esse é um momento de desabafo.

Esse título evoca o mote meu e de meus companheiros de fonte nova no auge da derrocada do bahia em 2005. imaginar que isso seria o fim do poço é digno da mais inocente criânça, ou seja, qualquer torcedor do Bahia.

E não foram poucos, vejam: quando o bahia caiu pela última vez da primeira divisão (em 2003) eu ouvi uma piada: "você tava na Fonte Nova?? Viu o acidente no Dique?? 7 gols e 27 mil bestas". pra quem não lembra, nunca soube ou não se interessa nem um pouco pelo fato, isso se refere aos 7 gols sofridos pelo bahia contra o cruzeiro de Alex (campeão Brasileiro, da Copa do Brasil e do Mineiro nesse ano) e às, pasmem, 27 mil criânças, eu incluso, que foram assistir a este fato "inadjetivável".

No ano seguinte o bahia estava a uma vitória na Fonte Nova de ascender à Primeira divisão. Depois de ter o maior público daquele ano no brasil(59.999 pessoas) contra o náutico, o bahia jogava contra o Brasiliense. novo acidente: menos gols (3) mais bestas (mais de 40 mil). o jogo terminou 3x2. junto com ele, o time do bahia, que foi desmontado.Nota: essa foi a única derrota do bahia na Fonte no campeonato.

Depois os números ficaram por conta da folha de pagamento, da idade e peso do time. o ataque do bahia tinha somados mais ou menos 70 anos. sem falar q um dos atacantes era... Viola!!! o Tetracampeão Mundial pelo Brasil. Do quatro(tetra) para a terceira(divisão). mas viola não ficou, óbvio.

Voltando ao dia de hoje, parece que nada disso aí em cima aconteceu. o BaxVi teve mais de 60 mil pessoas. derrota do bahia por 6x5. hoje foram, com certeza, mais de cinqüênta mil, ouso dizer q chegaram muito próximo dos 60 e... Um empate!!! não fosse o fato de esse empate ter desclassificado o bahia seria um resultado ruim.

Engraçado que saindo da fonte nova se ouve as mesmas coisas dos milhões de torcedores:"a culpa é da gente, que vem pra essa porra" ou "o torcedor do bahia é Burro" ou então "o torcedor do bahia é o mais judiado do Mundo" e todas as hipérboles que flutuam o jargão do futebol. incluindo o do técnico do bahia (arthurzinho): "atorcida tá de parabéns" ou devemos aplaudir os torcedores" ou "ela me emocionou mais uma vez hoje" essas coisas.

Realmente: Diversão na fonte nova é a mulher dos Outros

Los Hermanos dão um tempo

É Galera,

é isso aí, a banda Los Hermanos resolveu parar um pouquinho. segundo o A Tarde eles declararam q não foi por causa de brigas...

Mas amarante e Camelo provavelmente vão fazer carreira solo...

sem mais

sábado, 21 de abril de 2007

Qualquer Coisa

Vim apenas louvar a iniciativa do meu caro amigo.

Sei que demorei um pouco para chegar até aqui, mas por favor entendam: o mundo dos papéis é também tortuoso e não permite muitas saídas. Assim, faço do meu coração resistência e trarei notícias do front sempre que possível.


Frase do dia:

"A bolinha que saiu na loteria
não saiu porque deveria sair precisamente ela
mas sim porque uma delas teria de sair
não podia deixar de sair!
Moral da História:
uma coisa - só por ter acontecido -
não quer dizer que seja lá essas coisas..."
Mario Quintana

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Meu caro Amigo

Estava conversando com um amigo meu. Um amigo, digamos, recente. mas um cara assim... fenomenal. Uma pessoa boa, realmente boa, boa ao ponto de tentar ser mau e não conseguir, mas tentar mesmo. Mas essa não é a questão, entretanto.

O importante é sobre o q a gente conversava. Sentimentos. Nós dois temos uma conexão metafísica com o oriente daí sermos considerados, no senso comum, Sensíveis. mas essa última parte também não importa muito. Agora.

Sentimentos. Acho q essa deve ser a característica mais engraçada do ser humano. se não for a mais engraçada é a mais sarcastica... particularmente um tipo de comédia que me atrai, mas isso também não vem ao caso.

É tão engraçado como essa característica te joga de um lado pra outro e vc se diverte com aquilo. mas o mais importante: independentemente de para onde você é arremessado uma coisa sempre cresce. Criatividade. Para o bem ou para o mal parece que algo incha dentro da gente e é necessário extravasar. Seja para criar um plano malígno para acabar com toda a vida no planeta (o que será discutido brevemente, verifiquem as atualizações), seja para escrever palavras amargas como a dor da própria morte ou doces como uma trufa de chocolates com cerejas (em homenagem a Ela).

Minha experiência: Escreva. Doces, amargas, leves, pesadas, amarelas, vermelhas ou azuis(homenagem a Ela, de novo) o que você quiser expurgar de si será, quando vc sair daí, trancafiado nas grades da tinta no papel(escreva sempre com caneta pra minha frase ficar bonita) e, não análogamente e de forma perfeitamnente assimétrica, o que é bonito em você se eternizará. Como Nankin numa folha mística.

O mundo dos papéis é bastante triste

Eu estava, hoje a noite, voltando pra casa pela bonocô com uns companheiros do MPL conversando sobre muitas coisas, até que chegamos no tema ensino. Ele falou sobre como era autodidata e como a universidade não supria as necessidades de conteúdo dele e tal (ele faz história na Federal).

Aí eu concluí: O mundo dos papéis é muito triste.

Percebam, dentro dos moldes e sustentáculos da sociedade pós-contemporânea a universidade tem um papel quase de messias para nós. Sério. vejam bem "no mercado você precisa ter um diferencial", esse é o lema, então veio "Vc precisa ter segundo grau" aí as escolas públicas ficaram abrangentes; logo, "todo mundo" tinha segundo grau e assim veio "você presisa ter uma graduação superior" opa! mas n tem universidade pra todo mundo... iniciativa privada neles... e aí? aí voltamos ao lema "você precisa ter um diferencial" que culmina em "graduação não é mais suficiente, o mercado exige uma pós, um mestrado um doutorado, um phd, um ppppppppphd...." e aí? aí nada. mas peraê. quantas pessoas nesse país tem acesso ao ensino superior? Se fosse 20% da população seria um... um... na verdade seria uma mentira cabeluda... O que me leva a duas conclusões óbvias.

1. O fetiche pelos papéis e pelas folhinhas atestadas das universidades chegou a um nível tal, que ninguem entra na universidade pra aprender, mas pra se formar, ou melhor de sair dela. E que essas pessoas, geralmente, não têm nenhuma responsabilidade com a democracia do conhecimento e ignoram, deliberadamente ou não, os outros 90% de brasil em volta deles. e como eles presisam sustentar seu alto padrão de vida, ou aumentá-lo, fazem Pês e mais Pês, sugando dos 100% e colocando nos 10% menos importantes.

2. A necessidade de controle que o estado tem é inconsoante com as necessidades do povo. o poder da Burocracia, de dizer se aquele papelzinho vale ou não para identificá-lo, ou dizer, voltando à educação, que aquele sabe mais do que aquele outro. isso tudo não passa de um grande problema de Ego e um mecanismo eficiênte, muito eficiênte de manter as coisas como estão.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

nas outras 12 horas

Pela primeira vez (tosse...) perdão, hoje a noite, quase meia noite, quase amanhã, eu olhei pela janela do meu quarto. Fitei o horizonte com estranheza... Parecia que uma coisa incomodava, uma presença estranha... Numa fração de segundos, não era uma presença mas uma ausência. Ausência de luz. Voltei ao quarto e, esquivando da bagunça rotineira, encontrei o interruptor da lâmpada e o desliguei. De volta aos, agora mais perigosos, obstáculos do meu quarto, novas evasivas e de novo à janela. Ainda estranhando os efeitos da ausência da onda-partícula, amenizada pela parada da dissipação de potência pela lâmpada, agucei minha audição e comecei a ouvir os insetos, o vento nas árvores e sons difusos que vinham de longe... Com as vistas acostumadas comecei a ver pontos de luz vermelhos. Apareciam aleatóriamente e de forma descompassada, a pricípio. Depos de algum temp cada uma parecia ter seu compasso próprio. Era uma bela sinfonia de sons e luz... uma pena que de manhã serão só carros...

domingo, 15 de abril de 2007

Apresentação

É galera, essa é a realização pessoal dum blog, antes eu ia fazer um só meu mas resolvi fazer um dos mosqueteiros... fazer o q...

esse é um espaço pra gente xingar quem quiser e relatar fatos engraçados do cotidiano...

valeu