sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Incêndio na casa ao lado

Olhe, eu não sei direito não, mas ele era meio estranho. calma, ele não merecia isso não, ninguém merece isso. coitado.

oi? sei não, sei direito não. eu saí hoje de manhã e ele tava lá em baixo passeando com o cachorro.

falei sim. dei bom dia. a gente costumava se falar mais, mas tivemos umas coisas aí q foi melhor a gente se afastar.

anh? bom, é que eu não gosto de falar nisso. é que a gente acabava estudando junto e tal, ele era uma espécie de Gênio maluco, sabe? mas não era um Jimmy neutron da vida não, ele sabia muito de história. falava umas coisas inusitadas, sabe? umas coisas que, como ninguém entendia, ficavam tirando sarro dele. depois de um tepo eu comecei a entender, e eu comecei a defendê-lo, de uma forma ou de outra. ele parece que achou que eu estava afim dele ou coisa assim ou simpesmente foi se abrindo mais, sabe como é esse pessoal estranho assim não sabe diferença entre amizade e paixão, gente que vê pouca mulher, sabe? ainda mais assim como eu...

emfim, meu namorado começou a não gostar e você sabe, né? passarinho voa rápido, então ele mandou eu parar de encontrar com ele e eu parei. mandou eu jogar os poemas que ele me fez tb.
Aham, joguei... queimei na calourada. mas é uma pena. eram bonitas, sabe? mas como ele não gostava joguei fora.

Sim, aí quando eu voltava pra casa ví a fumaça e vim correndo, né? já pensou, minha roupa da formatura? Deus é mais, dá até arrepio.

Quando eu cheguei vocês já tavam aqui...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Inteligência coletiva

Véis é o seguinte:

eu sempre quis criar uma estória complexa e tal cheia de desvios e engodos e meias verdades e eu sempre chegfava À mesma conclusão: devo pensar em varias estórias que saiam do mesmo ponto e cheguem num outro ponto. como uma espécie de kibe (sic) que começa num pontinho engorda no meio e acaba em outro pontinho.

aí eu pensei (há um minuto artrás) vamos fazer uma estória coletiva? assim, ó. definimos um ponto de partida e de chegada. dois match points, e quem morreu (assumindo um assassinato) e pronto.

aí assim, cada um faz uma estória, dum personagem envolvido com o defunto e depois junta tudo. e ai?

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

...Em Lugar Nenhum...

Correu como pôde. naquele lugar escuro e úmido suas pernas exaustas o atiraram contra a parede curva. tudo era cinza. com a ajuda do sangue que teimava em falhar chegar no seu cérebro, descrevendo em sua frente as mais bizarras distorções da realidade, fria e cruel realidade.

Já não ouvia os passos que até pouco tempo o atormentavam. entretanto era difícil ouvir algo com sua respiração daquele jeito e seu coração martelando contra a caixa do seu peito como um taiko yaku¹ lançando o exército conta o inimigo. o problema era que, agora, o inimigo era ele.

Se pegou procurando uma saída. pra onde? pensou interrompendo a busca. voltar para aquele lugar maldito não era opção. o suicídio, se fosse, poderia tê-lo feito sem se cansar tanto. o que resta?

Um gosto amargo desce pela sua garganta. por fora, um formigamento sobe por ambos os lados do seu pescoço, passa por trás de suas orelhas até as têmporas e inunda seus olhos.

-Foi tudo... em vão?

Imagens confuzas cruzam sua mente em um piscar de olhos, fogo, lama, balas, balas e mais balas. Gritos, gemidos, suplícios. Vomitou.

Vomitou tudo que não havia comido, quis ter vomitado a si próprio assim não precisaria ver seus olhos na poça formada por seu excremento. olhos que viram mais do que desejaram ver e agora viviam mais uma vez... para ver mais o quê?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Fui a morro subir no morro, vá também...

Rapaz, morro é massa. vô dar logo as coordenadas: Pousada? Kanzuá do Marujo. o que é isso? sei lá, só sei que é 40 reais o casal com café da manhã, segundo o brodi, o melhor do morro. eu não fiquei lá, acampei, mas deveria ter ficado, veja só, o camping foi 15 conto por pessoa, 30 no total, sexta, sábado e domingo são três dias; logo, 90 reais. no kanzuá seria 120. contando que no camping o banheiro é coletivo, a água é fria e uma barraca é descinfortavel em relação a uma cama de casal... pra finalizar o Kanzuá tem cozinha comunitária, já o camping não.

saindo desse assunto passando rapidamente pelo empate quase derrota do bahia ontem, que desgraça foi aquela!! o lanterna!! que TINHA UM PONTO APENAS!!! e chegando à ilha. Primeiro de Tudo. Separe um dia pra ANDAR até a praia do encanto, seis quilômetros mas vale a pena apesar das centenas de sacos jogados no manguesal... vá ao El sítio ver o pôr do sol. o el sitio fica no caminho da gamboa indo pela fonte grande. vá à ponta do curral ver outro pôr do sol, nesse dia faça o seguinte: saia da pousada umas três horas, vá até o cais e pegue uma trilha a sua direita, siga como quiser a trilha (minha sugestão é que curta a vista) até a fortaleza. perceba que o desenho que fizeram do mapa faz pouco sentido, entra na fortaleza e se divirta imaginando embarcações lançando bombas em sua direção e sendo retaliadas, depois saia e continue a trilha até um caminho estreito que leva a uma prainha bem bonitinha, tome banho, ou não, e volte, subindo pelo mesmo caminho estreito da prainha, loga à sua direita vai ter um caminho escroto no meio do mato, uma trilha. vá subindo que vc vai encontrar tres a quatro pontos onde uma linda vista pode ser adimirada, dê uns beijos, se puder, e continue subindo até o farol. não entre no farol. siga a trilha até a tiroleza, tem uma placa, adimire a vista pule se tiver dinheiro e coregem. caso não pule, volte para o farol e desça uma outra trilha por dentro do mato, uma OUTRA trilha, se já for depois de quatro horas o curral vai estar aberto, caso contrário fique curtindo o cemitério ao lado. é uma merda. entre no curral, pague os 3 conto, sente ouça uma musiquinha ao vivo e curta o por do sol dando beijinhos, se puder. depois faça o que quiser. vc pode voltar pra vila simplesmente continuando no caminho q vc usou para chegar ao curral.

vá também à gamboa tomar banho de lama. tem um rodízio de pizza na vila de 16 conto, boa pizza. o sorvete de limão da praça é sensacional, da Fragolla, agora o que tem no fim da segunda praia, na ponta da ilha, é mais barato. finalmente vá ao 87 à noite, é bem animadinho. se quiser festão de perder noite tem a Pulsar Disco, festa de dez às dez.

é isso galera, vão se divirtam!

domingo, 4 de novembro de 2007

Em algum lugar no Rio...

- Oh campeão, me diga uma coisa, lá na Bahia, acarajé vende em todo lugar assim é?
- Rapaz, praticamente...
- Então, lanchonete lá não tem saduíche, tem acarajé?
- Aí não, porra é essa?! Lanchonete é lanchonete em qualquer lugar. Acarajé cê come é na Baiana de Acarajé.
- Ah é? maneiro. E como é isso?
- É uma mulher vestida de baiana, com um tabuleiro e uma panela com dendê pra fritar o acarajé.
- E ela só vende isso?
- Não! A baiana tem abará, passarinha, punheta...
- Punheta?
- É.
- Como assim?!?
- Como assim como assim? Punheta, pô. Cê chega lá e pede: “baiana, me veja uma punheta aí”.
- Você tá me sacanenado. As pessoas chegam no meio da rua assim e pede?
- Claro. Ou senão cê diz, “tá boa a punheta hoje baiana?”. É sempre bom pechinchar. Se a punheta for assim uns cinquenta centavos, aí, mesmo que cê queira uma só, cê pergunta: “faz três por um real?"
- Um real? Três punhetas?
- É. Isso é um exemplo assim né?. Pode ser mais, tipo “faz dez por quatro?”.
- Dez?!? Sim, e aí, se ela aceitar, dez por um real?
- Ah, punheta é bom demais. Mas, dez ninguém guenta, né? Aí, cê come uma e leva o resto...