segunda-feira, 19 de maio de 2008

Boas Novas aos Mosqueteiros de Bem!!

Já está Adicionado o mais novo bloggeiro da bahia. Saulo Dourado entra para os nossos elos com promessas de muitas e boas estórias...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sexta-Feira

Galera, hoje eu me comprometo a toda sexta a partir dessa semana postar no nosso animadíssimo Blog. é uma tentativa de me disciplinar e de manter o blogão safado ativo

sem mais

domingo, 11 de maio de 2008

Um regresso aos bons e velhos tempos de Villas ...

Se tú és filho do capeta então quebre o meu dedo !!!!!!
"Sessão nostalgia, recordar é viver, vale a pena ver de novo!" (CARRERA, 1967)
Feliz dia das Mães os caras!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Poesia Contemporânea

Microprocessados
Micro Processados
Micro Pró Cessados
Microp Roces Sados
Mic Rop Roc'Es'Sad S
Mi Cropro Cessad Os
So Dassec Orporc Im
So Dassecor Porcim
Soda Ssecor Por Cim
Soda Sseor Cim Por
Sodas Seor Cimpor
Soda Só Se For Importada

terça-feira, 6 de maio de 2008

DESVENTURAS NA NIGÉRIA

Decidi contar minha viagem à Nigéria aos poucos. Na verdade, já estou começando este relato com bastante atraso e muitas coisas acumuladas. Meu desejo era despejar num fluxo de consciência todas as coisas que vi e senti desde que cheguei na África. Mas, não quero desperdiçar minha pólvora num só tiro. Além do mais, assim não preciso fazer um tratado e poupo os eventuais leitores e a mim também.


Capítulo 1

Da minha casa em Salvador ao hotel em Abeokutá foram cerca de quarenta horas de viagem. Isso mesmo, quarenta horas: apenas suportáveis por força da expectativa de realizar um sonho. Saí às seis da manhã de domingo para fazer o primeiro trecho da viagem, quando cheguei no hotel eram quase dez horas da noite de segunda-feira, após um voo doméstico, dois voos internacionais e cerca de duzentos quilômetros percorridos de carro – não, eu não de camelo.

Comigo foi um grupo de mais quatro pessoas. Indivíduos e profissionais completamente diferentes, com rumos igualmente distintos, reunidos ali para vender semáforos na Nigéria. Eu estava lá porque meu padrinho era o dono dos semáforos, além de falar inglês e fazer Direito.

Apesar do longo percurso, a expectativa fez viagem ficar bastante divertida. Das onze horas de São Paulo a Paris passei um bom tempo entretido com televisão individual que tem a frente de cada assento, e rindo de meu tio se batendo com a dele. O resto do tempo foi no fundo do avião, tomando whisky e fazendo a velha resenha. O papo teria continuado não fosse foi interrompido por uma voz dizendo, “senhorras e senhorres, porr favorr sentem-se em seus lugarres, pois vamos iniciarr o prrocedimento de pouso e em alguns minutos estarremos chegando no aerroporrto Charles De Gaule”. Quando cheguei em meu lugar, tive a feliz oportunidade de ver Paris de cima. A cidade parece realmente bonita, com o Sena e a torre Eiffel. Vi aquela cena desejando que as negociações na Nigéria fossem breves e sobrasse tempo para passear por aquelas ruas.

Infelizmente, a recepção no aeroporto foi bem pouco acolhedora. Andamos bastante por aquele aeroporto cheio de corredores sem fim até chegar numa fila enorme. Ela desembocava em dois detectores de metais. Coincidência ou não, todos na fila tinham cara de terceiro mundo, africanos e indianos principalmente. Então, mais uma hora esperando por duas máquinas para atender umas duzentas pessoas. Tudo isso sob os olhares de soldados com fuzis na mão. Alguém disse, “dessa vez tá mais tranquilo, em Janeiro tinha até cachorro”. Ainda pensei, “agora só tem os da fila”.

O ponto alto desta viagem foi sobrevoar o deserto do Saara. Não passava de um enorme pedaço de areia, a quinze mil metros de altitude. Mas era o Deserto do Saara, bem ali, na minha frente. A resenha e a fofoca no fundão pareceram menos interessantes desta vez e fiquei um bom tempo olhando aquele mundo de terra que não acabava nunca. Quase nunca: aos poucos algumas casas e estradas foram aparecendo em meio a terra. Estradas de barro, claro; desde a primeira casa até o aeroporto, vi pouquíssimas ruas asfaltadas, todas nos últimos minutos quarenta ou cinquenta minutos de viagem. Em muitos pontos era difícil saber se ali eram casas de verdade ou apenas mais um grupo de rochas. Mesmo onde se via asfalto, eram longas avenidas que cruzavam um mar de barro. Daquela altura não se via ninguém, nem tampouco se podia imaginar alguém vivendo naquela paisagem.

Quando uma voz feminina disse em francês que apertássemos os cintos, pois em breve estaríamos pousando, senti um frio na barriga. Na verdade foram dois, o primeiro nada teve a ver com a chegada na Nigéria, até por que não falo francês. O importante é que quase não podia acreditar que de fato estava ali, prestes a pisar na Africa. Quando já estava guardando meus planos passar uns tempos na terra de Adão e Eva – os da ciência, claro – fazendo algum trabalho voluntário, uma oportunidade de conhecer a Nigéria, cm tudo pago, cai no meu colo, e por via totalmente oposta. Fiquei absorto nestas ideias e sentimentos, até que uma outra voz disse em inglês, “senhoras e senhores, bem vindos ao Aeroporto Internacional de Lagos”.

Bom, esse é o fim da primeira parte da história. Embora tecnicamente devesse continuar até a chegada no hotel, esse trecho merece um capítulo a parte.

Era uma vez um mundo bem estranho (parte 2)

Daí veio a idéia.

(2 horas e quinze depois) 11:15


“oi mãe. Não, acabei de ter minha aula cancelada. Como é? Quebrou o cano? Chama um encanador, mãe. Tem que ser eu. Sei. ‘porque eu tive a idéia de botar aquele cano feio’. Certo mãe. Eu vou sim. Tou comendo e saindo”.


Eu adoro as mães


- Oi mãe – Beijos.

- Oi filho. Fechei o salão por hoje. Perdi um dinheirão. Será que dá pra concertar pra amanhã?

- não sei mãe, eu ligo pra falar.

- Tchau mãe.

- Tchau filhote.


“pelo menos ela fechou os registros” pensou ele. “caralho! Cadê o maldito registro. Droga. Ah ta, achei. Fecha caceta. Cano maldito. Uai, essa droga pingando em minha cabeça. Deixa eu tirar essa camisa pra não melar. Cano maldito...Pronto.” agora ele cai “ ai! Puta-que-o-pariu, caiu tudo, minha mãe vai me matar. Caralho, tou todo sujo. Pelo menos essa porra não caiu em meu cabelo...” e ele se viu no espelho.


(8 horas e 44 minutos depois, aproximadamente) 19:59


- Véi, deu merda.

- o que foi man?

- sem condições de sair hoje.

- é vem Léo na nóia. Que foi que aconteceu?

- acredite você não vai acreditar.

- Então é mentira. Tou passando aí.

- não, ô Vitor, Vítor...

- tuuu tuuu tuuu tuuu.

(22 minutos exatamente e 12 ligações perdidas mais tarde) 20:21

(campainha tocando)

- que chapéu tosco é esse véi?

- rapaz, nem vem, não saio daqui nem tiro o chapéu.

- Aham – tomou-lhe o chapéu

- Ô Vítor véi...

- CARAAAALHOOO VÉÉÉÉÉÉIIIIIII (gargalhadas)

- vá me sacaneando.

- (gargalhadas)

- ...

- (mais Gargalhadas)

- (um sorriso)

- colé véi eu já estive bem pior que isso.

- você é ridículo. Eu não.

- não ainda.

- não ta na minha lista de prioridades. Definitivamente.

- velho é o seguinte. Eu ia fazer uma surpresa, mas tudo bem. Nós vamos pra um lugar mágico.

- Eu odeio circo.

- sua mãe. Presta atenção. Alívios Instantâneos, Marcadores, e Money Makers, na Maresia, vamo nessa?

- Porcaria, Porcaria, Mega porcaria, numa doca de Lixo. Deixa eu ver... NÃO.

- As bandas são uma merda, mas mulher em show daquelas coisas que a gente ouve não é muito comum.

- eu não ligo. Eu gosto das músicas e não das mulheres. E depois entrar nesse lugar é mais caro que minha TV, então sem chances.

- isso soou Gay pra porra. Vc é gay?

- Sua mãe.

- ela é e você?

- fala logo véi.

- tá bom. Dois ingressos cortesia free, bar aberto, área vip. Tudo incluso. Você não tem como resistir.

- ...

- e aí... heinnn, heinnn....

- tá certo

- é assim que se fala.

- mas eu vou de sandálias.

- tudo o que você quiser pra combinar com seu “novo visual”

- Sua mãe

- tá ficando repetitivo...


(trinta e cinco minutos depois) 20:56


- Que fila Bizzarra é essa man?

- Relaxe fio, VIP, esqueceu?

- porque você parou?

- Duas Palavras “Mano” “Brista”

- Seu português tá lindo.

- Eu sei mais português que você amordaçado e bêbado.

- É eu sei. Só não me deixa ver aquilo de novo. Ah sim. Eu trouxe você leva.

- Que novidade.


(21:33)


- E aí Barman – que sou eu – Qual é a Especial hoje.

- Além do Verde

- Que Porra é essa, rapaz.

- Absinto, hortelã, gim, suco de limão. Batido ou mexido.

- calma meu querido vou começar devagar.

- Uvas em Veneza. Uva, Vodka, água com gás e licor de uva.

- c ta querendo me derrubar, né.

- Que nada, esse é o das meninas. Olha aquela ali.

- Me dá essa uva então.


(alguns segundos...)


- Toma garoto. Se divirta.

- é boa, bar.

- eu falei.

(quarenta e sete minutos depois) 22:20


“que saco essa música. Pelo menos Camila ainda ta aqui comigo. Lugar caro da... tem um cara lá na VIP de sandálias, cadê Camila. Filha da mãe. Que é isso que ele ta tomando? Merda, ele ta vindo.” “blablablablabla” “Aham - É uva. Me ferrei.” “blabablablablablabla” “Aham - mas calma, ele não pode ter o cabelo... não acredito. Bota esse chapéu de novo antes que Camila volte, se é que ela vai voltar...” “blablablabla” “Aham - simplesmente não é possível” “ Eu acho uma merda!” “(risos) acho que ele é legal” “blablablablablabla” “Vai pra onde? – Sorriso bonito” “bblablablablabablaba tem uma banda porcaria tocando”...