segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ô Pai, ô.

Este Sábado, assisti a “Ó pai, ó”. Depois de diversos comentários e críticas, e da expectativa criada por um filme com Lázaro Ramos, aproveitei o feriadão para ir ao cinema. E adianto logo, gostei.

Meu primeiro contato com o título foi no carnaval, através da música que Caetano canta com Jauperi (ou será Pierre Onassis??). A rejeição foi imediata. Então, soube da peça que ia parar de se apresentar por causa da estréia do filme, ambos homônimos. O preconceito com a música se somou ao da película ser da Globo Filmes. Já imaginei aqueles paulistas falando com sotaque afetado se dizendo baianos. Mas, e põe mas nisso, lá estava Lázaro Ramos.

Fiquei divido. Não sei porque, às vezes tenho uma pressa de me posicionar com relação à certas coisas e resolvi ler a crítica. Não gosto de crítico, nem muito menos de construir minha opinião baseado na dos outros. Só que precisava chegar ao filme de alguma forma, ter algum substrato para julgar e apelei. É, desgarrei do rebanho do Senhor e peço perdão (rs...).

Pois bem, a crítica foi severa. De logo disse que não se podia analisar o filme com parâmetros cinematográficos, pois aquilo na era sequer uma “obra da sétima arte”. Que, sem um fio condutor que guiasse o espectador, era um filme pobre com esquetes despropositadas. Até a atuação de Wagner Moura foi criticada. A resenha concluía que gostar do filme dependia da empatia como o jeito baiano.

Com minha ansiedade aplacada e com as expectativas tolhidas, já tinha tirado o filme da minha lista de prioridades. Até que as pessoas começaram a assistir e a comentar. Minha mãe, que está de férias em casa, disse que o filme era "ótimo" e que eu deveria assistir (minha família pode ser muito chata quando encasqueta com alguma coisa) .Roberto, o assessor para assuntos cinematográficos da galera da faculdade, já tinha inclusive sugerido fazer uma sátira chamada “ô Pai, ô”.

Aí, recebi um ilustre convite da minha digníssima e fui ver o bendito filme. Ri bem menos do que gostaria. As críticas sociais são bem superficiais e algumass falas parecem colocadas na boca dos personagens, digo, não parecem naturais. Enredo, de fato, acho que não estava na proposta do filme, pois não há nem vestígios dele. Mas, gostei de ver minha cidade e minha língua num lugar tipicamente estrangeiro. E me senti tocado com o retrato de tanta gente submetida a condições tão precárias. Gente que, como o personagem de Lázaro Ramos diz numa referência ao Mercador de Veneza, também sangra quando apanha e que também chora quando ama. Sei que parece piegas e sei que parece banal, mas não é.

Enfim, relendo agora a crítica do sítio do Cineinsite vejo que concordo com muito do que foi dito. Talvez a leitura tenha determinado minha forma de ver o filme. Acho que, apesar dos defeitos, o filme é válido como um retrato do incomum. Deve ter funcionado melhor como uma peça mesmo. Contudo, a atuação de Wagner Moura é excelente e não deixa a desejar junto de Lázaro Ramos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Diversão na Fonte Nova é Mulher dos Outros

vou logo pedindo desculpa para todas as mulheres envolvidas nessa frase. Esse é um momento de desabafo.

Esse título evoca o mote meu e de meus companheiros de fonte nova no auge da derrocada do bahia em 2005. imaginar que isso seria o fim do poço é digno da mais inocente criânça, ou seja, qualquer torcedor do Bahia.

E não foram poucos, vejam: quando o bahia caiu pela última vez da primeira divisão (em 2003) eu ouvi uma piada: "você tava na Fonte Nova?? Viu o acidente no Dique?? 7 gols e 27 mil bestas". pra quem não lembra, nunca soube ou não se interessa nem um pouco pelo fato, isso se refere aos 7 gols sofridos pelo bahia contra o cruzeiro de Alex (campeão Brasileiro, da Copa do Brasil e do Mineiro nesse ano) e às, pasmem, 27 mil criânças, eu incluso, que foram assistir a este fato "inadjetivável".

No ano seguinte o bahia estava a uma vitória na Fonte Nova de ascender à Primeira divisão. Depois de ter o maior público daquele ano no brasil(59.999 pessoas) contra o náutico, o bahia jogava contra o Brasiliense. novo acidente: menos gols (3) mais bestas (mais de 40 mil). o jogo terminou 3x2. junto com ele, o time do bahia, que foi desmontado.Nota: essa foi a única derrota do bahia na Fonte no campeonato.

Depois os números ficaram por conta da folha de pagamento, da idade e peso do time. o ataque do bahia tinha somados mais ou menos 70 anos. sem falar q um dos atacantes era... Viola!!! o Tetracampeão Mundial pelo Brasil. Do quatro(tetra) para a terceira(divisão). mas viola não ficou, óbvio.

Voltando ao dia de hoje, parece que nada disso aí em cima aconteceu. o BaxVi teve mais de 60 mil pessoas. derrota do bahia por 6x5. hoje foram, com certeza, mais de cinqüênta mil, ouso dizer q chegaram muito próximo dos 60 e... Um empate!!! não fosse o fato de esse empate ter desclassificado o bahia seria um resultado ruim.

Engraçado que saindo da fonte nova se ouve as mesmas coisas dos milhões de torcedores:"a culpa é da gente, que vem pra essa porra" ou "o torcedor do bahia é Burro" ou então "o torcedor do bahia é o mais judiado do Mundo" e todas as hipérboles que flutuam o jargão do futebol. incluindo o do técnico do bahia (arthurzinho): "atorcida tá de parabéns" ou devemos aplaudir os torcedores" ou "ela me emocionou mais uma vez hoje" essas coisas.

Realmente: Diversão na fonte nova é a mulher dos Outros

Los Hermanos dão um tempo

É Galera,

é isso aí, a banda Los Hermanos resolveu parar um pouquinho. segundo o A Tarde eles declararam q não foi por causa de brigas...

Mas amarante e Camelo provavelmente vão fazer carreira solo...

sem mais

sábado, 21 de abril de 2007

Qualquer Coisa

Vim apenas louvar a iniciativa do meu caro amigo.

Sei que demorei um pouco para chegar até aqui, mas por favor entendam: o mundo dos papéis é também tortuoso e não permite muitas saídas. Assim, faço do meu coração resistência e trarei notícias do front sempre que possível.


Frase do dia:

"A bolinha que saiu na loteria
não saiu porque deveria sair precisamente ela
mas sim porque uma delas teria de sair
não podia deixar de sair!
Moral da História:
uma coisa - só por ter acontecido -
não quer dizer que seja lá essas coisas..."
Mario Quintana

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Meu caro Amigo

Estava conversando com um amigo meu. Um amigo, digamos, recente. mas um cara assim... fenomenal. Uma pessoa boa, realmente boa, boa ao ponto de tentar ser mau e não conseguir, mas tentar mesmo. Mas essa não é a questão, entretanto.

O importante é sobre o q a gente conversava. Sentimentos. Nós dois temos uma conexão metafísica com o oriente daí sermos considerados, no senso comum, Sensíveis. mas essa última parte também não importa muito. Agora.

Sentimentos. Acho q essa deve ser a característica mais engraçada do ser humano. se não for a mais engraçada é a mais sarcastica... particularmente um tipo de comédia que me atrai, mas isso também não vem ao caso.

É tão engraçado como essa característica te joga de um lado pra outro e vc se diverte com aquilo. mas o mais importante: independentemente de para onde você é arremessado uma coisa sempre cresce. Criatividade. Para o bem ou para o mal parece que algo incha dentro da gente e é necessário extravasar. Seja para criar um plano malígno para acabar com toda a vida no planeta (o que será discutido brevemente, verifiquem as atualizações), seja para escrever palavras amargas como a dor da própria morte ou doces como uma trufa de chocolates com cerejas (em homenagem a Ela).

Minha experiência: Escreva. Doces, amargas, leves, pesadas, amarelas, vermelhas ou azuis(homenagem a Ela, de novo) o que você quiser expurgar de si será, quando vc sair daí, trancafiado nas grades da tinta no papel(escreva sempre com caneta pra minha frase ficar bonita) e, não análogamente e de forma perfeitamnente assimétrica, o que é bonito em você se eternizará. Como Nankin numa folha mística.

O mundo dos papéis é bastante triste

Eu estava, hoje a noite, voltando pra casa pela bonocô com uns companheiros do MPL conversando sobre muitas coisas, até que chegamos no tema ensino. Ele falou sobre como era autodidata e como a universidade não supria as necessidades de conteúdo dele e tal (ele faz história na Federal).

Aí eu concluí: O mundo dos papéis é muito triste.

Percebam, dentro dos moldes e sustentáculos da sociedade pós-contemporânea a universidade tem um papel quase de messias para nós. Sério. vejam bem "no mercado você precisa ter um diferencial", esse é o lema, então veio "Vc precisa ter segundo grau" aí as escolas públicas ficaram abrangentes; logo, "todo mundo" tinha segundo grau e assim veio "você presisa ter uma graduação superior" opa! mas n tem universidade pra todo mundo... iniciativa privada neles... e aí? aí voltamos ao lema "você precisa ter um diferencial" que culmina em "graduação não é mais suficiente, o mercado exige uma pós, um mestrado um doutorado, um phd, um ppppppppphd...." e aí? aí nada. mas peraê. quantas pessoas nesse país tem acesso ao ensino superior? Se fosse 20% da população seria um... um... na verdade seria uma mentira cabeluda... O que me leva a duas conclusões óbvias.

1. O fetiche pelos papéis e pelas folhinhas atestadas das universidades chegou a um nível tal, que ninguem entra na universidade pra aprender, mas pra se formar, ou melhor de sair dela. E que essas pessoas, geralmente, não têm nenhuma responsabilidade com a democracia do conhecimento e ignoram, deliberadamente ou não, os outros 90% de brasil em volta deles. e como eles presisam sustentar seu alto padrão de vida, ou aumentá-lo, fazem Pês e mais Pês, sugando dos 100% e colocando nos 10% menos importantes.

2. A necessidade de controle que o estado tem é inconsoante com as necessidades do povo. o poder da Burocracia, de dizer se aquele papelzinho vale ou não para identificá-lo, ou dizer, voltando à educação, que aquele sabe mais do que aquele outro. isso tudo não passa de um grande problema de Ego e um mecanismo eficiênte, muito eficiênte de manter as coisas como estão.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

nas outras 12 horas

Pela primeira vez (tosse...) perdão, hoje a noite, quase meia noite, quase amanhã, eu olhei pela janela do meu quarto. Fitei o horizonte com estranheza... Parecia que uma coisa incomodava, uma presença estranha... Numa fração de segundos, não era uma presença mas uma ausência. Ausência de luz. Voltei ao quarto e, esquivando da bagunça rotineira, encontrei o interruptor da lâmpada e o desliguei. De volta aos, agora mais perigosos, obstáculos do meu quarto, novas evasivas e de novo à janela. Ainda estranhando os efeitos da ausência da onda-partícula, amenizada pela parada da dissipação de potência pela lâmpada, agucei minha audição e comecei a ouvir os insetos, o vento nas árvores e sons difusos que vinham de longe... Com as vistas acostumadas comecei a ver pontos de luz vermelhos. Apareciam aleatóriamente e de forma descompassada, a pricípio. Depos de algum temp cada uma parecia ter seu compasso próprio. Era uma bela sinfonia de sons e luz... uma pena que de manhã serão só carros...

domingo, 15 de abril de 2007

Apresentação

É galera, essa é a realização pessoal dum blog, antes eu ia fazer um só meu mas resolvi fazer um dos mosqueteiros... fazer o q...

esse é um espaço pra gente xingar quem quiser e relatar fatos engraçados do cotidiano...

valeu