terça-feira, 3 de julho de 2007

O Brasil complicado e o Complexo do Alemão

Semana passada, estava navegando pelos jornais na internet e passei pelo sitio da BBC de Londres. Este é tão pouco informativo quanto os nacionais, repleto de notícias regionais que recebem destaque como se fossem de interesse do mundo inteiro. No espírito do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, geralmente vagueio os olhos pelas manchetes sobre o prefeito de Castlejingleshire e sobre mais mortes no oriente médio até achar algo sobre o Brasil. Dessa vez não foi preciso procurar muito: na primeira página, havia uma manchete sobre a ação da policia nas favelas do Rio. A história contada não precisa ser repetida. O que me marcou foi uma segunda matéria que trazia a operação em imagens. A primeira imagem era um close de um policial, onde não se via seu rosto, apenas o capacete e o rifle. As outras fotos retratavam cenas iguais àquelas das histórias sobre o Iraque. E eu não pude evitar o embrulho no estômago ao pensar que estado desistiu de lidar com as pessoas e resumiu sua atuação nas favelas a invasões policiais. Ninguém, foi salvo de um câncer ou concluiu o terceiro ano e foi para a universidade. As pessoas das fotos ou estavam fugindo ou estavam sendo carregadas em lençóis...E o resultado não poderia ser outro com todas as escolas fechadas.Interessante que as balas parecem ter um detector de traficantes, porque nunca vi os PMs matarem um inocente. Sem falar na Força Nacional, que não é de médicos ou professores, mas sim de mais militares, tanques e fuzis. O paralelo com os métodos norte-americanos de “reconstrução” do Iraque é óbvio. Lula agora anunciou um investimento de mais de 3 bilhões reais para urbanização das favelas. Tenho certeza que a Gautama e que Renan Calheiros receberam com muita festa esta notícia.

Um comentário:

D'Artagnan disse...

o Bonito é ter certeza de que se pudesse matar alguem com um simples pensamento bush já estaria, por certo, há setenta palmos do chão. naturalmente meter o pau lá fora é sempre mais legal e mais fácil. afinal no dos outros é refresco. mas o bonito mesmo é ver esse pessoal escrevendo no quase "D'Artagnan e os eventuais mosqueteiros" não q athos porthos e Aramis tenham deixado de se tornar eventuais mas esse novo recado dá uma sobrevida à causa coletiva.

q bom