domingo, 4 de novembro de 2007

Em algum lugar no Rio...

- Oh campeão, me diga uma coisa, lá na Bahia, acarajé vende em todo lugar assim é?
- Rapaz, praticamente...
- Então, lanchonete lá não tem saduíche, tem acarajé?
- Aí não, porra é essa?! Lanchonete é lanchonete em qualquer lugar. Acarajé cê come é na Baiana de Acarajé.
- Ah é? maneiro. E como é isso?
- É uma mulher vestida de baiana, com um tabuleiro e uma panela com dendê pra fritar o acarajé.
- E ela só vende isso?
- Não! A baiana tem abará, passarinha, punheta...
- Punheta?
- É.
- Como assim?!?
- Como assim como assim? Punheta, pô. Cê chega lá e pede: “baiana, me veja uma punheta aí”.
- Você tá me sacanenado. As pessoas chegam no meio da rua assim e pede?
- Claro. Ou senão cê diz, “tá boa a punheta hoje baiana?”. É sempre bom pechinchar. Se a punheta for assim uns cinquenta centavos, aí, mesmo que cê queira uma só, cê pergunta: “faz três por um real?"
- Um real? Três punhetas?
- É. Isso é um exemplo assim né?. Pode ser mais, tipo “faz dez por quatro?”.
- Dez?!? Sim, e aí, se ela aceitar, dez por um real?
- Ah, punheta é bom demais. Mas, dez ninguém guenta, né? Aí, cê come uma e leva o resto...

2 comentários:

D'Artagnan disse...

tá ficando bom nisso hein rapaz!

parabéns, daqui a pouco a gente lança uma coletânea de contos aleatórios... hushuhus

Unknown disse...

xD



gosto muito dos contos aleatórios de vcs!