Vou tentar quebrar meu gelo com uma frase alheia, que pôs lado a lado duas palavras desencontradas: uma que, para mim, servia apenas para designar uma coisa que se construia antigamente, utopia, e outra que anda na moda atualmente, eficiência. É que estava lendo um tal de Warat e ele disse que ela, a utopia, "será medrosa, impotente, frustrante se enclausurada numa compulsão de perfectibilidade". Mas, venha cá, uma utopia pode ser recompensadora ou eficaz?
Deixo aí para reflexões. Talvez volte depois com as minhas.
Um comentário:
Rapaz,
Pensei muito sobre isso agora. a princípio concordei com ele mas fiquei sem saber como dizer isso. A primeira forma que eu vejo é que se a utopia não for real, ou seja, se ela for apenas um norte e não um estado de fato então debruçar-se sobre ela será completamente inútil. por outro lado tomamos hoje por utopia aquilo que é irrealizável, e pelas consequencias variadas dos valores contemporâneos da praticidade e objetividade torna a Utopia, novamente, uma grande perda de tempo. acho que o problema entra quando as palavras transformam seus sentidos através do tempo e o que ele disse que seria ruim já é a nossa realidade.
Com certeza esse embroglio deve ir além da semântica ou etmologia, mas não consigo pensar em nada mais apropriado para o distanciamento da Utopia e do Real...
sabe lá se era isso que eu deveria dizer...
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