terça-feira, 15 de julho de 2014

Impreciso

Doce o mar, o barco
Flutua no leite à primavera
nos tão doces contornos
à suave e profunda brisa

Doce o mar, a vela
Se infla e se dobra
Ao sabor e ritmo dos cordéis
se embalando por um mergulho

Doce o mar, o canto
Das sereias nos recifes
dos pássaros no cais
do rouco canto da garganta seca

Doce o mar, o destino
dos bravos e tolos
dos que muito se dão
e dos que não

ao medo da fome
ao medo da cura
ao medo do sonho

doce o mar, navegar

quarta-feira, 9 de julho de 2014

sempre

Não bastasse o céu todos os dias
Não bastasse a lua todas as noites
não bastasse o oito deitado
não bastasse tudo que fostes

Não bastasse tudo que sou
Não bastasse tudo que sei
não bastasse tudo que vi
não bastasse tudo que lei

tinhas que estar nos meus sonhos
Tinhas que estar ao meu lado

Sempre

Wilinhozinho

e é aquela falta que você sente
não vem todo dia ou toda hora
mas vem sempre.

é uma falta que lhe faz aqui
é outra que lhe fazem acolá
mas nada é consistente

vem todo dia
vem toda semana
vem todo mês

mas esse, justo esse
no primeiro quarto
no que mais se sente
é o que mais falta
é o que mais se sente

oito, doze, dezesseis, vinte,
vinte e quatro e vinte e oito
treze, dezessete, vinte e um
cinco, nove, trinta e dois

números. secos e duros.
palavras e só. exceto que
nas memórias são escolas
e hoje sei o que é futebol