segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E sete horas e meia depois...

É isso mesmo galera, foi difícil, a (des)organização da outplan tentou demais atrapalhar, da (in)competência nem se comenta, o sol, a chuva foram todos superados em nome de um cartãozinho plástico escrito "Brasil x Chile".

"vou pra essa porra" repetia comigo mesmo "de qualquer jeito". essas palavras foram repetidas mais de mil vezes por aqueles que como eu, suportaram indignados aquela falta de respeito. nove e meia eu chego no Shopping paralela achando a fila já na passarela que fica em frenta ao local. choveu logo que cheguei, "sorte que a fila estava descomunal e eu estava embaixo da já citada passarela.

Duas horas depois tinhamos andado cerca de trinta metros em diração ao shopping. tinhamos pq nesse meio tempo já tinha feito amizade com um casal que estava atrás de mim na fila. aí nessa hora a gente já ouvia de tudo: "Nos outros lugares tá mais rápido", "vão comprar tudo pela internet", "vamo morrer", "o papa tá comigo" e muitas vais direcionadas aos espertos e velhos conhecidos "fura-filas".

Uma hora depois ( o shopping ia abrir) resolveram colocar o povo pra dentro, coisa que só fomos descobrir depois, pq achavamos que finalmente a incompetencia e a negligencia haviam sido superados e que iriamos em poucos minutos sairíamos gloriosos com nossos prêmios. como já dito ledo engano.

Dentro do shopping fomos colocados em uma fila zig-zag de três zigs e dois zags em um corredor que tinha bem uns quarenta metros. o alento era que tudo parecia mais organizado e os nossos queridos fura-filas eram prontamente acossados ao mínimo sinal de fraude naquela serpente de quase 200m.

Com aproximadamente duas horas de espera tinhamos terminado o primeiro zig e chegavamos ao final do primeiro zag entravando no segundo zig. o plural agora foi por um brodinho que tinha vindo de camaçari pra comprar o jogo (raça da porra), o casal que outrora me acompanhava havia desistido ao entrar no shopping. da onde estavamos dava pra ver que havia fila lá fora do shopping ainda.

Hinos e hinos do bahia depois, viamos o resultado daquele amontoado de gente alí apertados. Pacotes e pacotes de redes de fast-food enfeitavam o chão, junto com latas de cervejas e refrigerantes, pacotes de salgadinhos e uma infinidade de outras porcarias outrora comestíveis. Depois da fome veio o momento dos joguinhos: Dica, Palitinho, Uno(oito maluco), Canastra, Dominó, Playstation Portáteis (PSP) e tudo mais que se pode imaginar que a criatividade e poder aquisitivo combinados daquela classe que estava alí. podia-se jurar que o Brasil por aquela amostra era majoritariamente branco, o que é uma mesntira.

Vários gritos em honra e homenagem ao tricolor de aço ajudaram a passar as outras duas horas e meia que ficavam tensas com a aproximação ao caixa. Mais finalmente Cinquenta reais mais pobre e sete horas e meia depois...

...Consegui! Vou ao jogo do Brasil. Salve a Seleção.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Da série: Desculpas ridículas para se fazer um filme

tá, primeiro eu queria dizer que se pudesse não colocaria um post tão leviano "por cima" desse último postado pelo glorioso Athos. mas como isnpiração tem sido algo raro não poderia esperar algo de similar beleza para voltar (depois de muito, há de se dizer) a bloggar. Desculpas pedidas vamos ao que interessa (na pretensão deste).

Vamos dizer que vc vê um cachorro latindo para um golfinho e o golfinho respondendo, lá daquela forma que os golfinhos respndem as coisas. o que vc pensa? eu sinceramente ia passar direto, talvez xingasse o cão na minha cabeça mas em segundos aquilo voaria da minha cabeça. levando esse pequeno incidente ao limite talvez alguem pensasse, uma mulher provavelmente: que bonitinho, óóó tão namorando! tirava uma foto e falava com as amigas que foi bonitinho e voltaria a sua via fosse ela qual fosse.

Mas nesse momento em que todos duvidam da capacidade do cinema dos EEUU de cometer atrocidade eis que surge: Quase Feitos Um Para o Outro. filme baseado na premissa (dita em alto e bom som por uma das personagens) de que "se o cão pode se dar bem com 'a' golfinho (roxane por sinal) porque nossa(falava com a irmã) mãe não pode se dar bem com o pai de 'fulano'"

É por isso que o Brasil não vai pra frente?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Da série "Eu Ia Jogar Fora, Mas Senti Que Ia Me Arrepender"

Resolvi seguir o conselho de um cara que sabe muito dessas coisas: deixei a afobação em casa e este bilhetinho aqui, para você encontrar algum dia, num domingo daqueles que dá vontade de arrumar a casa e a gente acha um monte de coisa antiga perdida e acaba deixando a faxina pela metade. Vou esquecer ele aqui, entre duas camisas velhas, no meio de um módulo de química orgânica, ou quem sabe num blog abandonado, para não correr o risco de ceder à minha vaidade e querer lhe mostrar esse pedacinho de amor que pus num papel. Quero que ele fique nesse fundo de armário, ou nessa posta-restante, um tempo, que não sejam milênios, mas o necessário para maturar o conteúdo, que não vire um whisky de altos valores, apenas caro à quem encontrar.

Pode até ser que nem estejamos mais juntos, e as histórias de nós dois sejam apenas uma lembrança antiga, algo que as amigas dizem “menina, eu jurava que vocês iam casar”, exceto aquela que dá uma de vidente, depois que tudo passou, e diz “eu sempre soube que num ia dar certo, tinha alguma coisa errada com aquele menino”. Aí, quem sabe, você vai ver seu nome no papel, vai abri-lo com o cenho franzido, sentar na beira da cama e dar um sorriso, lembrando as noites em claro, os suspiros abafados, as garrafas de vinho contrabandeadas para dentro de casa, a expectativa por uma mensagem no celular ou uma ligação... Talvez, nesse momento, você esteja deitada na cama, cheia da ternura da lembrança, das memórias que agora têm novas cores sob a luz desta declaração, e então ligue para um outro alguém e ame ele com todo o sentimento que deixei para você.

Quem sabe, então, nem seja você a encontrar a carta, mas uma adolescente que agora mora nesse quarto que foi seu e que estava arrumando o armário que você deixou para ela. Feito um escafandrista, ela virá explorar seu quarto, suas coisas, e tentará descer até as profundezas de um sentimento antigo feito o português que lhe descreve, nadando através dos períodos longos e se divertindo com as caras estranhas das expressões que já não se usam mais. Talvez seja ela a amar alguém com o que lhe deixei , afinal, amores serão sempre amáveis e estes futuros amantes se amarão sem saber com o amor que eu um dia deixei pra você.